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Brasil deve chegar a 100 mil mortes por covid-19 até sábado

Número de 3 milhões de infectados no país também se aproxima

Desde o começo de junho, a média móvel, que contabiliza as mortes nos últimos 7 dias, é superior a mil (Jefferson Peixoto/Secom/Divulgação)

Desde o começo de junho, a média móvel, que contabiliza as mortes nos últimos 7 dias, é superior a mil (Jefferson Peixoto/Secom/Divulgação)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 7 de agosto de 2020 às 06h34.

Última atualização em 7 de agosto de 2020 às 06h53.

Segundo país com mais mortes por covid-19 no mundo, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, o Brasil deve chegar, até sábado, 8, a marca de 100 mil vítimas da doença. É provável também que supere nos próximos dias ainda outro número, o de 3 milhões de infectados.

Segundo balanço do consórcio de imprensa, que reúne UOL, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra, atualizado às 20h de quinta-feira, 6, o Brasil tem 98.644 óbitos e 2.917.562 de casos confirmados de covid-19.

Nas coletivas de imprensa semanais que o Ministério da Saúde realiza para atualizar os dados da pandemia, é frequente os técnicos dizerem que o país atingiu um platô, ou seja, uma estabilidade no número mortes por semana. O problema é que esse valor se estabilizou em um patamar muito alto e por muito tempo.

Desde o começo de junho, a média móvel, que contabiliza as mortes nos últimos sete dias, é superior a mil confirmações diárias. No período, o Brasil foi o que mais teve registros em 24 horas que qualquer outro país no mundo. Nas raras ocasiões em que não esteve em primeiro lugar, só ficou atrás dos Estados Unidos - que tem um total de 160 mil vítimas - por uma diferença de 100 óbitos diários.

Depois de duas semanas de leve queda no número de mortes, São Paulo, o estado mais atingido pela infecção, teve, na quinta-feira, 407 confirmações em 24 horas, o terceiro maior desde o começo da pandemia. Os altos números são puxados pela interiorização do contágio - cerca de 60% -, algo que também ocorre cada vez mais em todo o país.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que contabiliza os dados de 26 de julho a 1º de agosto, as regiões metropolitanas tiveram 52% do total de 7.114 mortes no período, em comparação com o interior. E essa diferença é cada vez menor.

Se em abril os estados do Sudeste, Norte e Nordeste ocupavam uma parcela maior neste total de vítimas, nos últimos dois meses as regiões Sul e Centro-Oeste passaram a ocupar uma parte mais significativa dos registros.

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul somaram na última semana quase 1.000 mortes, um crescimento de 12% em relação à semana anterior. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal tiveram juntos 900 óbitos em sete dias, um aumento de quase 10% comparando com a semana anterior.

Com esse panorama, parece que o alto número de mortes confirmadas diariamente por causa da covid-19 ainda está longe de diminuir.

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