O ministro da Educação, Aloizio Mercadante: "quando falamos de uma integração, não integramos Governo, integramos povos, nações", disse (Marcello Casal / Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2013 às 12h02.
Madri - O Brasil aposta a médio prazo por uma área única de integração americana em torno da Unasul, disse nesta sexta-feira o ministro de Educação, Aloizio Mercadante.
O ministro, que participou da Tribuna EFE-Casa da América, afirmou que "quando falamos de uma integração, não integramos Governo, integramos povos, nações". "É um processo histórico mais profundo", já que "os Governos mudam".
Questionado sobre a coincidência de duas grandes alianças regionais- Aliança Pacífico e Mercosul-, Mercadante afirmou que esta última tem peso econômico, social e político na região, "mas convivemos com esta formação - em referência a Aliança Pacífico - de forma muito saudável".
"Quanto mais integração regional melhor para a convivência", disse.
Mercadante definiu o Mercosul como "uma grande construção de integração comercial, econômica, social e democrática" e usou como exemplo o fundo com o qual contam para reduzir as assimetrias regionais.
O ministro destacou que o bloco só admite Governos eleito democraticamente, embora tenha reconhecido como um déficit democrático a falta de um Parlamento eleito diretamente, já que contam com um que funciona por delegação dos diferentes países.
Mercadante se referiu ao Brasil como o país que representa a metade do PIB e da população de região ibero-americana, por isso que "tem que ter um compromisso de integração", que definiu como um meio para "reduzir as assimetrias".
"Se queremos ter uma oportunidade histórica, temos que ir juntos", e usou como exemplo a União Europeia (UE) como "grande sucesso histórico".
Mercadante anunciou que o Mercosul quer chegar a um acordo com a UE para combater o protecionismo e buscar estimular o comércio, para o que disse, "Brasil tem uma proposta de oferta"