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Brasil adia compra de aviões de combate

Em entrevista ao Wall Street Journal, Celso Amorim diz que adiamento se deve a dificuldades econômicas

Celso Amorim: ministro da Defesa disse ao Wall Street Journal que o processo de compra de aviões de combate foi adiado devido a dificuldades econômicas (Ernesto Benavides/AFP)

Celso Amorim: ministro da Defesa disse ao Wall Street Journal que o processo de compra de aviões de combate foi adiado devido a dificuldades econômicas (Ernesto Benavides/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 10h15.

Paris - O ministro da Defesa Celso Amorim anunciou o adiamento do processo de compra de aviões de combate devido às dificuldades econômicas, durante uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal americano Wall Street Journal.

"O projeto não está abandonado. Haverá uma decisão no momento oportuno. Mas no dia de hoje prefiro não fornecer uma data", declarou o ministro ao jornal.

"A situação econômica tomou uma direção menos favorável que o previsto e naturalmente isto requer prudência", acrescentou.

Amorim considerava até agora que uma decisão seria tomada neste ano. O Rafale do construtor francês Dassault Aviation compete com o Gripen do sueco Saab e com o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing para conquistar este mercado de 36 aeronaves, avaliado em 5 bilhões de dólares.

"Não diria que há uma empresa favorita", explicou o ministro. "A questão importante é saber quando o faremos e então examinaremos novamente as propostas. Temos a necessidade de renovar a frota, mas devemos responder em função das possibilidades do país".

A Força Aérea Brasileira (FAB) pede a cada seis meses aos construtores em disputa que renovem seu interesse pela contratação ao prorrogar suas propostas. Ela o fez novamente no fim de junho.

O Estado francês apoia a oferta da Dassault, cujo Rafale aparecia como favorito em 2010 depois de um acordo entre Lula e o então presidente da França, Nicolas Sarkozy. Mas, com o fim de seu mandato, Lula deixou a decisão nas mãos de sua sucessora Dilma Rousseff.

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