Eduardo Braga: “Lamento muito porque, primeiro, o PMDB é partido que tem história no Brasil e tem uma história com democracia", disse o ministro (Geraldo Magela/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 16h45.
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse hoje (8) que a posição da maioria de seu partido, o PMDB, é contrária a qualquer ruptura da democracia brasileira.
Segundo ele, o partido não tem perfil de golpe, mas é preciso que se tenha cuidado para não quebrar o que a Constituição tem como pilar e fundamento: a democracia pelo voto direto.
Perguntado sobre como vê a crise envolvendo PMDB e Presidência da República, Braga disse lamentar a situação.
“Lamento muito porque, primeiro, o PMDB é partido que tem história no Brasil e tem uma história com democracia. O PMDB não tem histórico nem perfil de golpe”, disse o ministro, após participar da cerimônia de prorrogaçãoda concessão de 29 distribuidoras de energia com contratos válidos por até 30 anos.
Braga disse não acreditar que o PMDB apóie qualquer movimento que venha a fazer uma ruptura à democracia do voto popular, sem que haja fundamentação jurídica consubstanciada junto à opinião pública brasileira e junto ao cidadão brasileiro.
“O Brasil tem um sistema de democracia que é do voto direto, diferentemente de outras democracias consolidadas. Portanto é preciso tomar muito, mas muito cuidado para que, ao se usar os mecanismos constitucionais, não estejamos quebrando exatamente o que a Constituição tem como seu pilar e seu fundamento, que é a democracia por voto direto”, disse o ministro.
“Mas, pelo menos pelas conversas que tive nos últimos dias, com vários [peemedebistas], não creio que esta seja uma posição majoritária dentro do PMDB. A posição majoritária é pela legalidade e pela manutenção do voto direto”, acrescentou.