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Braga diz que importação de energia da Argentina é rotineira

A última vez que o país havia comprado energia do exterior foi em dezembro de 2010


	Eduardo Braga: "É uma operação normal, que sequer é tratada como compra de energia, mas como compensação"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Braga: "É uma operação normal, que sequer é tratada como compra de energia, mas como compensação" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 19h50.

Brasília - Apesar de não acontecer desde 2010, a importação de energia elétrica da Argentina pelo Brasil esta semana foi classificada nesta noite de quinta-feira, 22, como "rotineira" pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

Segundo ele, a opção por trazer eletricidade do país vizinho não decorreu de falta de suprimento nacional, mas pela incapacidade de se trazer para o Sudeste a energia que sobrava no Nordeste.

"O Brasil tem um acordo com a Argentina desde 2006. É uma operação normal, que sequer é tratada como compra de energia, mas como compensação", argumentou o ministro.

"Trata-se de uma operação rotineira, não é extraordinária ou excepcional", completou.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, revelou que, entre terça-feira e ontem, foram importados cerca de 2 mil MW de energia para suportar a escalada do consumo no horário de pico.

A última vez que o país havia comprado energia do exterior foi em dezembro de 2010 - a energia serviu para cobrir problemas pontuais de geração, sobretudo na Região Sul.

Segundo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na terça-feira, foram importados, em média, 165 MW durante todo o dia, sendo 998 MW no pico de consumo, às 14h48.

Ontem, o volume de importação foi semelhante ao do dia anterior, afirmou um técnico do governo.

Braga admitiu não ter sido informado da importação de energia no momento em que as operações aconteceram e garantiu que não falta eletricidade ao Brasil.

"Ontem havia uma sobra de 2,5 GW no Nordeste que, por limitações de transmissão, não tínhamos como trazer para o Sudeste. No total temos energia mais do que suficiente, mas para alguns lugares precisamos remanejar o suprimento", afirmou.

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