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Botaram um tuiteiro de 13 anos para governar o país, diz Ciro Gomes

"Está impossível não criticar o governo porque tem este bando de boçal que está brincando de governar", disse

Ciro Gomes: para o pedetista, governo Bolsonaro é uma "confusão" (Montagem/Exame)

Ciro Gomes: para o pedetista, governo Bolsonaro é uma "confusão" (Montagem/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de março de 2019 às 19h35.

Última atualização em 12 de março de 2019 às 09h57.

São Paulo - Em uma série de fortes críticas a Jair Bolsonaro e sua equipe, o ex-ministro e ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) classificou nesta segunda-feira (11), o presidente como um "adolescente tuiteiro" e o governo como uma "confusão".

"Eu prometi que só iria fazer crítica depois dos 100 primeiros dias de governo, mas está impossível porque tem este bando de boçal que está brincando de governar", disse.

"Botaram um garoto de 13 anos, um adolescente tuiteiro para governar o País." A declaração foi feita em evento do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), em São Paulo.

No Twitter, ele também compartilhou a crítica.

Ciro afirmou que está preocupado com a "precocidade da confusão" que está se estabelecendo no governo. A fala do pedetista é dita um dia após o presidente da República compartilhar uma notícia com declarações falsas atribuídas à repórter do Estadão, Constança Rezende.

O pedetista criticou ainda, indiretamente, a ideia de se transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. "Que dia que alguém pediu a gente (os políticos) para mudar a embaixada?", afirmou.

Eleições

Ciro afirmou também que vai pensar 100 vezes antes de aceitar ser candidato na eleição presidencial de 2022. "Estou muito angustiado com o que está ocorrendo, mas há a liberdade de uma não conveniência de uma candidatura. Isso, depois, será discutido pelo partido", disse.

Ele voltou a criticar o PT, mas ressalvou que o ex-concorrente do partido ao Planalto, Fernando Haddad, faz parte do grupo de homens de bem do partido.

Em um tom semelhante ao usado no segundo turno da eleição presidencial, quando não deu um apoio formal a Haddad contra o presidente Jair Bolsonaro, Ciro disse que "não aceita mais a hegemonia do lado bandido do PT".

Ao citar o exemplo do vereador Eduardo Suplicy, presente no evento, como um "homem honesto, nunca presente em nenhuma destas listas de corrupção", Ciro disse que ao lado dele estão, entre outros, os ex-governadores gaúchos Olívio Dutra e Tarso Genro.

Ciro foi então questionado sobre Haddad. "Ele é um homem de bem", disse.

O pedetista disse ainda que quer manter o diálogo com o PT, com que o PDT dele disputa o espaço de liderança da oposição. Segundo Ciro, ele quer que os petistas ocupem uma vaga na comissão especial que vai tratar da reforma da Previdência. "Nós temos de ter lá quem ouça os movimentos sociais, que tire a reforma de Brasília. Temos de juntar o máximo de votos que puder para conter danos", afirmou.

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