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Bomba ESG? Granada biodegradável é aposta para reduzir poluição

Condor lançou equipamentos de gás lacrimogêneo com material que vira pó ao explodir

Granadas biodegradáveis da Condor (Divulgação)

Granadas biodegradáveis da Condor (Divulgação)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 3 de abril de 2024 às 17h31.

Última atualização em 3 de abril de 2024 às 17h39.

A Condor, uma das maiores fabricantes de armamentos não letais do país, desenvolveu granadas de gás lacrimogêneo e de gás pimenta feitas com material biodegradável, como forma de reduzir as emissões de poluentes.

As granadas de efeito moral, como são chamadas, geralmente usam borracha, material que pode levar séculos para se decompor. "Já esta usa um polímero natural, que vira praticamente pó após a detonação", conta Lucas Carci, supervisor de marketing da empresa. Com isso, reduz-se também os riscos de que fragmentos da granada possam ferir as pessoas no local em que o arfefato é lançado.

O produto foi apresentado em um estande da Condor na feira LAAD, em São Paulo, que traz novidades em equipamentos militares e de segurança pública.

A nova granada, chamada de Ecobody, foi desenvolvida pela empresa, que tem fábrica em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e hoje exporta produtos para mais de 80 países.

Granadas biodegradáveis da Condor, na feira LAAD (Exame)

A empresa também desenvolveu um novo tipo de detonador para as granadas não letais, com um temporizador que pode ser configurado para fazer a explosão ser feita de modo mais rápido ou mais lento após o lançamento, com tempo entre 3 e 10 segundos.

Outra iniciativa para reduzir poluentes é aumentar os treinamentos digitais. A empresa desenvolveu um programa de formação em um ambiente de realidade virtual para preparar os agentes a disparar tiros com balas de borracha. Com isso, são gastos menos projéteis.

O software simula situações de protesto e projeta as imagens em óculos de realidade virtual. Armas de plástico, com peso similar às reais, foram acopladas a joysticks, para dar maior realismo. O sistema orienta que os disparos sejam feitos sempre nas pernas, abaixo da linha da cintura. Caso a regra seja descumprida, há uma mensagem de advertência e a simulação é encerrada.

Na feira, também houve destaque para um drone capaz de lançar bombas de gás. Ele pode voar a até 70 metros de altura para fazer imagens e lançar os artefatos. "Ele tem um software embarcado que calcula o vento e te orienta melhor como fazer o lançamento. Você pode planejar uma ação, como fazer uma linha para ninguém passar dali, ou fazer um círculo ou um L", conta Carci. 

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