Ministro Teori Zavascki: Funeral está marcado para o fim da tarde no cemitério Jardim da Paz (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Bárbara Ferreira Santos
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 21h20.
Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 21h23.
São Paulo -- Além de um legado na Justiça Brasileira como magistrado e como professor, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki também deixa uma extensa lista de importantes obras na área de Direito Processual Civil.
O diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Danilo Knijnik, afirmou nesta quinta-feira (19) que Teori era conhecido pela “exatidão e rigor técnico” entre seus colegas e representa um exemplo do que deve ser a figura de um magistrado.
Ele disse ainda que a comunidade de professores e estudantes da faculdade está em "profunda tristeza" com a morte de Teori. “Estamos ainda absorvendo esse vazio”, disse Knijnik.
Antes de se tornar professor e depois diretor da faculdade, Knijnik foi aluno de Teori no curso de Direito da UFRGS, onde o ministro era professor e obteve o título de bacharelado, mestrado e doutorado.
“Como professor, Teori era amado pelos alunos. Como colega, era muito querido, uma pessoa de fino trato, elegante, seríssimo. Como magistrado, deixa um legado do que eu diria que é a ‘justiça reta’”, afirmou Knijnik.
O diretor afirma ainda que, para o mundo jurídico, Teori deixa um legado bibliográfico pouco conhecido pelos brasileiros. “Ele escreveu vários livros que são leitura obrigatória para estudantes de todo o país. Hoje não é possível compreender o Processo Civil sem ler obras do ministro Teori”, disse Knijnik. “O bacharelando e o jurista não tem uma formação completa sem ler as obras dele.”
Knijnik afirmou ainda que a Faculdade de Direito da UFRGS deve realizar um conjunto de homenagens a Teori nas próximas semanas. “É a única forma de celebrar a vida e legado do ministro”.