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Bolsonaro volta a questionar sistema de votação

"O Brasil teve uma experiência de 13 anos com o que é o pior que tem na política", disse. "Não podemos continuar flertando com o socialismo e o comunismo"

Bolsonaro (PSL) faz discurso em vídeo no seu perfil do Facebook após resultado de eleições em segundo turno (Facebook/Jair Messias Bolsonaro/Reprodução)

Bolsonaro (PSL) faz discurso em vídeo no seu perfil do Facebook após resultado de eleições em segundo turno (Facebook/Jair Messias Bolsonaro/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 22h37.

Última atualização em 8 de outubro de 2018 às 01h31.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse na noite deste domingo que, se não tivesse ocorrido o que chamou de "problemas" com urnas durante a votação, poderia já ter sido eleito presidente da República no primeiro turno e destacou que vai exigir de autoridades da Justiça Eleitoral soluções.

"Vamos juntos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) exigir soluções para o que aconteceu agora e não foi pouca coisa, foi muita coisa. Tenho certeza que se esse problema não tivesse ocorrido e tivéssemos confiança no voto eletrônico, já teríamos o nome do futuro presidente da República decidido no dia de hoje", afirmou Bolsonaro, em transmissão feita pelo Facebook.

O candidato do PSL, que terminou o primeiro turno na frente e enfrentará o petista Fernando Haddad no segundo turno em 28 de outubro, afirmou que "lamentavelmente" o sistema venceu a primeira etapa, mas conclamou os apoiadores --após agradecer aos 49 milhões de votos que recebeu-- a não esmorecer até o segundo turno.

Na transmissão, Bolsonaro destacou que vai trabalhar para derrotar Haddad no segundo turno, sem citar o adversário nominalmente. Ele disse que o opositor se aconselha o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão em Curitiba.

"Não queremos a volta desse tipo de gente que trouxe o pior da política ao Palácio do Planalto. O Brasil teve uma experiência de 13 anos com o que é o pior que tem na política", disse. "Não podemos continuar flertando com o socialismo e o comunismo", completou.

O candidato do PSL afirmou que não será "fácil" a disputa do segundo turno, uma vez que os adversários têm "bilhões de reais" para gastar até lá. Sem citar nomes, ele disse lamentar que "parte" da imprensa espera a volta do PT ao governo.

"Temos que acreditar em nosso Brasil, devemos continuar mobilizados, não podemos simplesmente nos recolher, falta aí 3 semanas para o segundo turno", disse.

Bolsonaro disse que vai trabalhar para evitar que se jogue"na lata do lixo" o trabalho do juiz federal Sérgio Moro, da operação Lava Jato, do Ministério Público e da Polícia Federal no combate à corrupção.

Bolsonaro afirmou que vai buscar resgatar o Parlamento brasileiro, unir o povo e os "cacos" que deixou o governo da esquerda brasileira e que pretende "jogar pesado" na questão da segurança pública para trazer paz às mulheres e às mães.

Em breve fala sobre a economia, o candidato do PSL disse que vai implementar a proposta economia do economista Paulo Guedes, cotado para ser seu superministro da Economia e que estava ao seu lado na transmissão, de "tirar o Estado do cangote de quem produz". Defendeu mais uma vez desonerar a folha de pagamento e desregulamentar "muita coisa" na economia.

Bolsonaro afirmou que vai diminuir o tamanho do Estado, tendo no máximo 15 ministérios e acenou de novo com a extinção de estatais e privatizações.

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