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Bolsonaro visita Mourão e evita responder perguntas sobre preço do diesel

Presidente também se esquivou de pergunta sobre as declarações do ministro Paulo Guedes, que disse que dava para "consertar" a decisão do governo

Bolsonaro: presidente afirmou que quer receber os números da Petrobras antes de autorizar aumento no óleo diesel (Chris Kleponis/Getty Images)

Bolsonaro: presidente afirmou que quer receber os números da Petrobras antes de autorizar aumento no óleo diesel (Chris Kleponis/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de abril de 2019 às 15h08.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro visitou neste domingo, 14, o vice-presidente Hamilton Mourão, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice. Na saída do Palácio da Alvorada, onde mora, Bolsonaro fez uma parada-relâmpago para cumprimentar e tirar fotos com cerca de 20 pessoas que estavam no local, entre turistas e moradores da capital. Nesse momento, jornalistas perguntaram sobre a interferência dele no reajuste do diesel, ao telefonar para o presidente da Petrobras e pedir o cancelamento do aumento de 5,7%.

Ele foi questionado também sobre a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, à imprensa, um dia depois desse telefonema, de que era possível "consertar" algo que não seja "razoável" para a economia. Bolsonaro entrou no carro novamente e seguiu sem falar com os repórteres.

Ainda enquanto tirava fotos e cumprimentava as pessoas, Bolsonaro ouviu elogios e o comentário de um dos visitantes de que era importante reduzir a máquina do Estado. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno Ribeiro, acompanhou o presidente na visita a Mourão, que durou uma hora e meia. O vice-presidente está de repouso após ter feito uma punção para aliviar uma tendinite no cotovelo direito.

Na volta ao Alvorada, no começo da tarde, ele novamente parou em frente à portaria para cumprimentar visitantes e, mais uma vez, preferiu não conversar com os jornalistas, que insistiram na questão do preço do diesel. Um repórter chegou a perguntar: "quem manda no governo: o presidente ou o ministro Paulo Guedes?". A cerca de dois metros dos jornalistas, Bolsonaro continuou tirando fotos.

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