Imagem de arquivo: A ideia de Bolsonaro é aproveitar a onda antipetista para difundir que o concorrente Fernando Haddad não terá pulso para garantir boas relações com o Congresso e o mercado (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de outubro de 2018 às 08h43.
Última atualização em 9 de outubro de 2018 às 08h44.
Rio - Em encontros ao longo desta segunda-feira, 8, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, definiu que vai se mostrar no horário eleitoral gratuito do segundo turno e nas conversas com os setores políticos e econômicos que reúne melhores condições de governabilidade. A ideia é aproveitar a onda antipetista para difundir que o concorrente Fernando Haddad (PT) não terá pulso para garantir boas relações com o Congresso e o mercado.
Publicamente, o tom do discurso foi dado por Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidenciável, eleito senador pelo Rio. "Jair Bolsonaro já iniciará o próximo governo, se Deus quiser, com grande e ampla base", afirmou nas redes sociais. "O lado oposto, o lado das trevas, dificilmente terá governabilidade."
Por outro lado, o grupo teme que o esforço de exibir uma frente ampla de apoios tenha o efeito colateral de aproximação com lideranças de partidos desgastados por fisiologismo e escândalos de corrupção. A ordem é evitar impressões de um "toma lá dá cá" e venda de alianças.
Nas contas do deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), que esteve nesta segunda-feira com o presidenciável, uma bancada suprapartidária de apoio a Bolsonaro já é composta de ao menos 300 deputados e não há conversas com cúpulas de partidos. "Nós não vamos procurar ninguém. Vamos apenas receber as pessoas. Nossa coligação era com as pessoas."