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Bolsonaro vai a Minas e governo cria comitê para acompanhar tragédia

Presidente se reúne com autoridades e representantes da Vale

Tragédia em Brumadinho: rompimento de barreira afunda a cidade em lama (Washington Alves/Reuters)

Tragédia em Brumadinho: rompimento de barreira afunda a cidade em lama (Washington Alves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 08h56.

Última atualização em 26 de janeiro de 2019 às 09h20.

Brumadinho - O presidente Jair Bolsonaro saiu de Brasília às 8h30, em direção a Brumadinho (MG), onde ontem rompeu uma barragem da Vale deixando mais de 150 pessoas desaparecidas, e o número pode passar de 300. Bolsonaro desce no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, sobrevoa a região e depois retorna ao aeroporto para uma reunião com autoridades e representantes da empresa. Ele não deve descer no local do desastre.

O governo federal publicou ontem decreto que institui o Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre coordenado pelo Ministro da Casa Civil.

"A finalidade é acompanhar e fiscalizar as atividades a serem desenvolvidas em decorrência do desastre e acompanhar as ações de socorro, de assistência, de restabelecimento de serviços essenciais afetados, de recuperação de ecossistemas e de reconstrução. Para o alcance de seus objetivos, o Comitê poderá convidar para as reuniões representantes do governo do Município de Brumadinho e do Estado de Minas Gerais, de outros órgãos e entidades da administração pública federal, do Ministério Público Federal e do Estado de Minas Gerais, da Defensoria Pública da União e do Estado de Minas Gerais", diz o texto divulgado neste sábado pelo Twitter do Presidente Jair Bolsonaro.

Há ao menos nove mortos. Equipes de socorro e de assistência trabalharam durante toda a noite. Bombeiros e agentes da Defesa Civil do Rio e de São Paulo estão na região para apoiar as buscas.

Mais de cem pessoas foram resgatadas com vida entre a lama nas horas após o acidente.

De acordo com funcionários da Vale deslocados para Brumadinho, diferentemente do acidente em Mariana, quando outra barragem da empresa se rompeu há três anos, dessa vez o impacto foi mais concentrado. A avalanche de lama atingiu fortemente áreas da própria empresa, inclusive o refeitório no horário de almoço.

A Vale montou duas estruturas de apoio às vítimas e familiares, além do Centra primeira na faculdade ASA de Brumadinho, para onde estão sendo levadas doações e prestados esclarecimentos. o segundo ponto fica na Estação do Conhecimento da companhia, que funciona de base para as equipes de socorro.

Até agora, não há informações atualizadas sobre o deslocamento da lama.

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