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Bolsonaro teve alteração na pressão arterial e segue sem previsão de alta da UTI, diz boletim médico

Ex-presidente está há sete dias internado em hospital em Brasília após fazer uma cirurgia no intestino

O ex-presidente Jair Bolsonaro na UTI ( Reprodução/Redes sociais)

O ex-presidente Jair Bolsonaro na UTI ( Reprodução/Redes sociais)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de abril de 2025 às 14h50.

O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou um "episódio de alteração de pressão arterial" durante a sua internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, segundo o último boletim médico divulgado neste sábado, 19. De acordo com a equipe médica, o quadro de saúde dele "já foi normalizado", mas ele deve permanecer internado sem previsão de alta.

"Devido à ainda não apresentar movimentos intestinais efetivos, segue em jejum oral e com a nutrição parental exclusiva. Hoje, a programação é de intensificar fisioterapia motora e medidas de reabilitação", acrescentou o boletim, que é assinado pelo médico chefe da equipe de cirurgia Cláudio Birolini e outros cinco médicos.

Ao longo da semana, Bolsonaro também fez exercícios de fisioterapia e de caminhada. Em fotos nas redes sociais, ele apareceu acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e dos filhos. As visitas de outras pessoas com exceção de familiares foram vetadas pelos médicos.

Na terça, Bolsonaro afirmou nas redes sociais que está "concentrado" na recuperação da cirurgia, que, segundo ele, foi a mais "invasiva" pela qual já passou. Bolsonaro passou por uma operação de 12 horas no abdômen no último domingo. O objetivo era tratar de uma "suboclusão intestinal" - uma obstrução parcial do intestino.

Obstrução parcial do intestino

Esta foi a sexta operação realizada pelo ex-presidente desde 2018, quando ele foi vítima de uma facada durante a campanha na qual se elegeu presidente da República. Todas as cirurgias foram feitas como sequela desse ferimento.

Segundo os médicos, a obstrução parcial era causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito de fezes e gases. O procedimento chamado de "laparotomia exploradora" foi feito para examinar os órgãos internos e liberar essas aderências, ou seja, desfazer as dobras.

A longa recuperação no pós-operatório já era esperada pelos médicos do ex-presidente. Segundo eles, o procedimento "complexo" aumenta os riscos de infecção e picos de pressão - por isso, Bolsonaro continua internado na UTI. Depois, houve a reconstrução da parede abdominal, feita para reforçar a musculatura dessa parte do corpo.

A expectativa é que ele fique internado por pelo menos duas semanas. Até o momento, Bolsonaro está se alimentando por via intravenosa. No dia 11 de abril, ele passou mal durante uma viagem ao Rio Grande do Norte. No dia seguinte, foi transferido para o Distrito Federal.

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