Bolsonaro no hospital (Twitter/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de setembro de 2019 às 15h35.
Última atualização em 16 de setembro de 2019 às 15h45.
São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro deixou o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na tarde desta segunda-feira (16) às 14h58, depois de receber alta. A movimentação para a saída da comitiva presidencial do hospital começou por volta das 14h.
Bolsonaro realizou uma cirurgia no domingo (08) para correção de uma hérnia incisional. O presidente seguirá de carro até o Aeroporto de Congonhas, onde embarcará para Brasília. A previsão é que ele chegue à capital federal às 17h.
Segundo boletim médico, divulgado também nesta segunda-feira, Bolsonaro continuará sua recuperação em domicílio.
O procedimento cirúrgico a que o presidente foi submetido no domingo (08) foi o quarto após ele ter sido esfaqueado há um ano, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais.
A cirurgia, realizada para corrigir uma hérnia que surgiu na região do abdômen, durou cerca de cinco horas e foi considerada bem-sucedida pela equipe médica.
Durante a internação, o presidente chegou a usar uma sonda nasogástrica para retirada de ar e líquidos do estômago e do intestino, após uma distensão abdominal.
Na noite de sábado (14), Bolsonaro passou de uma dieta líquida para uma dieta cremosa e a alimentação endovenosa, (diretamente na veia), que havia sido introduzida após a distensão abdominal, foi suspensa.
O médico responsável pela cirurgia, Antônio Macedo, afirmou que manteve a dieta cremosa do presidente porque ainda havia um pouco de gás no intestino delgado. "Combinamos com ele: se você quiser ter alta, tem que manter a dieta cremosa", contou Macedo.
O médico irá a Brasília na sexta-feira, 20, para realizar exames em Bolsonaro, no Hospital DF Star. "Dependendo do resultado dos exames na sexta, eu libero a dieta pastosa", disse o médico.
Seguindo este cronograma, de acordo com Macedo, Bolsonaro poderá voltar a ter alimentação normal na segunda ou na terça-feira da próxima semana.
Macedo disse, ainda, que o presidente continuará realizando fisioterapia motora e que as visitas seguem restritas.
Bolsonaro só deve assumir a Presidência da República na quinta-feira (19). Até lá, o presidente em exercício é o general Hamilton Mourão. A previsão era de que Bolsonaro retomasse o cargo nesta terça-feira (17).
Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, a decisão foi tomada por orientação médica, para que Bolsonaro tenha "um descanso maior e uma recuperação mais rápida."
Nesta segunda-feira, Rêgo Barros confirmou também que está mantida a viagem de Bolsonaro a Nova York, onde ele discursará na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 24 de setembro.
A ida do presidente, no entanto, foi adiada do dia 22 para o dia 23. O retorno está previsto para o dia 25, depois de uma parada no Texas para, segundo Rêgo Barros, encontrar-se com empresários ligados ao setor militar.
Durante o período em que ficou internado no Hospital Vila Nova Star, o presidente recebeu visita de parentes e ministros.
No domingo (15), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e sua esposa, Rosângela Moro, foram ver Bolsonaro. "O homem é forte", escreveu Moro no Twitter.
Já no sábado (14), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi ao hospital, mas a assessoria do Palácio do Planalto não confirmou se ele conseguiu falar com o presidente.
Salles já havia visitado Bolsonaro no domingo (08). Também no dia 14, Bolsonaro recebeu a visita de parentes. Na segunda-feira, 9, um dia após a cirurgia, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, visitou Bolsonaro.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, filho do presidente, ficaram no hospital com o Bolsonaro durante todo o período de internação.
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fizeram visitas ao pai.