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Bolsonaro sugere asilo a Evo em Cuba e diz que esquerda tomou conta

O presidente ironizou à oferta de asilo no México dada a Evo e defendeu o uso do voto impresso nas eleições do Brasil

Protestos na Bolívia: Chanceler mexicano disse que asilo foi concedido a Evo porque "sua vida e integridade correm riscos" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Protestos na Bolívia: Chanceler mexicano disse que asilo foi concedido a Evo porque "sua vida e integridade correm riscos" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de novembro de 2019 às 21h40.

Última atualização em 11 de novembro de 2019 às 21h41.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ironizou nesta segunda-feira, 11, o aceite de Evo Morales, que renunciou no último domingo à presidência da Bolívia, à oferta de asilo no México. "Lá (no México) a esquerda tomou conta de novo. Tenho um bom país para ele: Cuba", afirmou Bolsonaro em frente ao Palácio do Alvorada.

Horas após renunciar à presidência boliviana, Evo anunciou que havia uma ordem de "prisão ilegal" contra ele. "Denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um oficial da polícia anunciou publicamente que tem a instrução de executar uma ordem de prisão ilegal contra a minha pessoa", tuitou ele, que afirmou também que "grupos violentos" atacaram sua casa.

O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, informou nesta segunda, 11, que o asilo foi concedido a Evo porque "sua vida e integridade correm riscos". Ele explicou que informaria às autoridades bolivianas sobre essa decisão para que procedam para conceder um salvo-conduto ao ex-presidente e garantias de que "sua vida, integridade pessoal e liberdade" não seriam colocadas em perigo".

No domingo, 10, na primeira manifestação pública sobre a saída de Evo da presidência, Bolsonaro fez uma defesa do uso do voto impresso nas eleições do Brasil. "Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales", escreveu o presidente no Twitter. "A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e transparência, de contagem de votos que possam ser auditados. O voto impresso é sinal de clareza para o Brasil!", afirmou. O líder indígena boliviano havia sido reeleito presidente em 20 de outubro, em votação feita por meio de cédulas impressas em papel.

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