Bolsonaro: presidente disse que "ninguém é obrigado a ficar como ministro" (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de maio de 2019 às 14h57.
Última atualização em 24 de maio de 2019 às 15h20.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que nenhum de seus ministros é obrigado a permanecer no cargo, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar em entrevista que deixará a pasta se a proposta de reforma da Previdência for desidratada pelo Congresso.
O presidente, ao mesmo tempo, fez uma defesa da necessidade da reforma previdenciária e disse concordar com Guedes que o país viverá um caos econômico se não for aprovado um texto muito próximo ao que o governo enviou ao Congresso.
"Ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente, ele está vendo como uma catástrofe, e é verdade, eu concordo com ele, se nós não aprovarmos uma reforma muito próxima da que enviamos para o Parlamento. Então o que Paulo Guedes vê -- ele não é nenhum vidente, mas não precisa ser, para entender que o Brasil entra num caos econômico sem essa reforma", disse o presidente a jornalistas no Recife.
Em entrevista à revista Veja, Guedes disse que renunciará ao cargo se o Congresso aprovar uma "reforminha", alertando que o Brasil pode quebrar já em 2020.
Mais cedo nesta sexta-feira, Bolsonaro pediu apoio dos governadores de Estados do Nordeste à reforma, apontada como crucial para reequilibrar as contas públicas e retomar o crescimento da economia.