Vazamento: O governo de Sergipe decretou estado de emergência devido ao aumento de danos ambientais causados pelo combustível. (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de outubro de 2019 às 17h41.
Última atualização em 7 de outubro de 2019 às 20h11.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que o governo brasileiro já sabe que o petróleo que atingiu as praias do Nordeste não é produzido ou vendido no Brasil, mas a investigação para determinar sua origem ainda está em curso.
Depois de uma reunião com as Forças Armadas e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que participou por videoconferência de Aracaju, para onde foi fazer um sobrevoo das regiões atingidas, Bolsonaro disse ainda que o petróleo "não parece vir de uma plataforma" e pode ser criminoso ou de algum navio afundado.
"Pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também. É complexo, existe a possibilidade, temos no radar um país que pode ser da origem do petróleo e continuamos trabalhando para dar uma satisfação à sociedade e também colaborar na questão ambiental", disse o presidente.
Questionado sobre qual seria o país, não quis revelar e disse que a investigação continua.
No domingo, 6, o governo de Sergipe decretou estado de emergência devido ao aumento de danos ambientais causados pelo combustível.
No dia 4 de outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou um balanço com a informação de que 124 localidades haviam sido atingidas e 59 municípios de 8 Estados da região foram afetados.
Doze animais foram atingidos pela substância, sendo onze deles tartarugas marinhas, e oito deles morreram. A substância é petróleo cru, segundo análise do órgão, mas o tipo identificado não é produzido no Brasil.
(Estadão Conteúdo e Reuters)