Jair Bolsonaro: após crise com "ala bivarista", presidente deixa o PSL e cria novo partido (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de novembro de 2019 às 11h14.
Última atualização em 28 de novembro de 2019 às 11h15.
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro se esquivou de perguntas sobre as bandeiras que defende o novo presidente da Fundação Palmares, Sergio Nascimento de Camargo, e disse nesta quinta-feira, 28, que não o conhece pessoalmente.
Nomeado na quarta-feira, 27, ao cargo, o novo presidente da Fundação Palmares, instituição ligada à Secretaria Especial de Cultura, afirmou em suas redes sociais que o Brasil tem um "racismo nutella", defendeu a extinção do feriado da Consciência Negra e declarou apoio irrestrito ao presidente Bolsonaro.
Camargo também afirmou que a escravidão foi "benéfica para os descendentes" e atacou personalidades como a ex-vereadora do Rio Marielle Franco e a atriz Taís Araújo.
A nomeação faz parte de uma série promovida pelo novo secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, para quem Bolsonaro já disse ter dado total liberdade para montar a sua equipe.
Bolsonaro deu risada ao ser questionado sobre ser alvo de denúncia no Tribunal Penal Internacional (TPI). "Próxima pergunta", disse.
O presidente foi denunciado por "crimes contra a humanidade" e "incitação ao genocídio de povos indígenas" do Brasil. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a representação é da Comissão Arns e do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos.
A representação também foi assinada pelo ex-ministro José Gregori e pelos advogados Antonio Carlos Mariz de Oliveira, Eloisa Machado e Juliana Vieira dos Santos. As declarações de Bolsonaro nesta quinta foram dadas em frente ao Palácio da Alvorada.