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Bolsonaro: Reforma da Previdência de Meirelles não será aprovada

Bolsonaro disse em entrevista ser contra a reforma da Previdência e adiantou que votará contra a proposta na Câmara

Bolsonaro: o deputado disse que não pode levar "miséria" aos aposentados por exigência do mercado financeiro (Antonio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

Bolsonaro: o deputado disse que não pode levar "miséria" aos aposentados por exigência do mercado financeiro (Antonio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 21h58.

Última atualização em 15 de janeiro de 2018 às 10h58.

São Paulo - Pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 12, ser contra a reforma da Previdência e adiantou que votará contra se a proposta de emenda constitucional for colocada à votação na Câmara.

Em entrevista ao jornal RedeTV News, da RedeTV, o parlamentar aproveitou ainda para atacar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), possível adversário na corrida pelo Palácio do Planalto neste ano. "A economia só afundou com o Meirelles", comentou Bolsonaro.

Referindo-se à reforma da Previdência, o deputado disse que, da forma como está, a "proposta do Meirelles" não será aprovada e antecipou qual será seu posicionamento caso a matéria seja encaminhada ao plenário na Câmara. "Da forma proposta, não votarei favorável".

Para justificar a posição, disse que não pode levar "miséria" aos aposentados por exigência do mercado financeiro, que defende, em geral, as mudanças nas regras das aposentadorias. Sobre os desequilíbrios previdenciários, afirmou ser favorável a uma reforma mais enxuta, para ser complementada pelo futuro governo.

Ao avaliar seus possíveis adversários na eleição presidencial, Bolsonaro definiu Meirelles como um homem da economia e lembrou que o ministro da Fazenda trabalhou para a JBS, do empresário Joesley Batista, preso pela Polícia Federal. Considerou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), como um homem que "tem seu valor", mas que, apesar de ter um grande número de partidos a seu lado, encontrará dificuldade para ter o nome viabilizado eleitoralmente.

Não citou diretamente o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas classificou como ridícula a ideia do governador, também presidenciável, de criar um ministério para a Segurança Pública. "Esses pré-candidatos são parecidos. Eu sou diferente deles", assinalou o deputado, que aparece na segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto.

Questionado sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas, mas que pode se tornar inelegível caso tenha a condenação por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro mantida em segunda instância, Bolsonaro garantiu não estar preocupado sobre quem enfrentará no primeiro e segundo turnos. Apesar disso, reconheceu que será beneficiado se o recurso apresentado pelo petista for negado no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4).

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