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Jair Bolsonaro vota no Rio sob forte esquema de segurança

Desde que a seção foi aberta, soldados da Polícia do Exército revistavam todas as pessoas que chegavam para votar

Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, após votar em escola de vila militar do Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)

Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, após votar em escola de vila militar do Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 10h03.

Última atualização em 28 de outubro de 2018 às 12h59.

Rio - O candidato Jair Bolsonaro (PSL) votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, em Marechal Hermes, zona norte do Rio, por volta das 9h20.

O comboio com batedores da Polícia Militar e agentes da Polícia Federal entrou pelos fundos da escola, despistando jornalistas. O candidato chegou ao local acompanhado da mulher e sob um esquema de segurança muito maior do que o observado na votação do primeiro turno. O candidato usou colete à prova de balas.

Depois de votar, o candidato fez uma breve aparição na frente do local e acenou para apoiadores que esperavam desde cedo por sua chegada, gerando correria e breve tumulto. Eleitores saudaram o capitão da reserva do Exército com gritos de "mito" e "presidente".

O candidato declarou que a expectativa para o resultado do segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto é de vitória, dizendo estar confiante pelo que tem visto nas ruas. "A expectativa de hoje é a mesma que vi nas ruas, vitória", disse Bolsonaro, líder das pesquisas de intenção de voto, em breve declaração a jornalistas.

Desde que a seção foi aberta, soldados da Polícia do Exército revistavam todas as pessoas que chegavam para votar. A revista era feita inclusive em crianças e com auxílio de um detector de metais. Grades foram colocadas na entrada da escola para evitar contato próximo de Bolsonaro com o público.

Ao mesmo tempo, policiais federais faziam varredura nas áreas interna e externa da escola. O candidato à Presidência foi esfaqueado no dia 6 de setembro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) e precisou passar por duas cirurgias devido aos ferimentos sofridos no ataque.

Virada difícil

A eleição deste domingo tem Bolsonaro como favorito para subir a rampa do Planalto no dia 1º de janeiro de 2019, enquanto o petista Fernando Haddad tenta uma virada difícil, que seria feito inédito em eleições presidenciais no Brasil.

De acordo com pesquisas Ibope e Datafolha, divulgadas no sábado, o capitão da reserva do Exército deverá confirmar neste domingo a liderança mostrada nas urnas três semanas atrás.

Segundo o Ibope, Bolsonaro chega ao dia da eleição com 54% dos votos válidos, enquanto Haddad soma 46%. No levantamento anterior do instituto, divulgado na terça-feira, Bolsonaro aparecia com 57% dos votos válidos, enquanto Haddad tinha 43%.

Já pelo Datafolha divulgado na véspera do pleito, Bolsonaro tem 55% dos votos válidos, contra 45% de Haddad. Pesquisa anterior do instituto, divulgada na quinta-feira, mostrava o capitão da reserva com 56% dos válidos, enquanto o ex-prefeito de São Paulo somava 44%.

Aos 63 anos, Jair Messias Bolsonaro colocou-se como o nome ao Planalto contra o establishment político, boa parte do qual dizimado pela operação Lava Jato, e como um outsider, mesmo tendo sete mandatos de deputado (27 anos de Congresso) e passado por vários partidos.

Bolsonaro, que tinha pífios 8 segundos do programa oficial, passou a ter uma cobertura maciça da mídia depois de sofrer o ataque em Juiz de Fora. Ele foi beneficiado por uma trégua inicial dos demais candidatos e, numa mistura de comoção coletiva e onda eleitoral, conseguiu ampliar seu teto de intenções de voto das pesquisas para além do nicho da chamada extrema-direita.

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