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Bolsonaro permanece em condição estável, diz boletim médico

"O candidato realizou fisioterapia - caminhada e exercícios respiratórios - sem apresentar dor", diz boletim divulgado na noite desta segunda-feira, 10

Médicos afastam sinais de febre e infecção, destacando que Bolsonaro permanecerá em tratamento intensivo (Diego Vara/Reuters)

Médicos afastam sinais de febre e infecção, destacando que Bolsonaro permanecerá em tratamento intensivo (Diego Vara/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 20h18.

Última atualização em 10 de setembro de 2018 às 20h19.

São Paulo - O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, permaneceu nesta segunda-feira, 10, em condições estáveis, informou o Hospital Albert Einstein, em boletim médico divulgado por volta das 19h. "O candidato realizou fisioterapia - caminhada e exercícios respiratórios - sem apresentar dor".

Ademais, o boletim afasta sinais de febre e infecção, destaca que Bolsonaro permanecerá em tratamento intensivo e terá de manter jejum oral (ele está sendo alimentado por soro direto na veia).

O hospital acrescentou também que o tratamento cirúrgico para fechamento da colostomia será realizado no futuro em uma internação eletiva - sem estimar prazos. Quem assina o boletim é o cirurgião Antônio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o diretor superintendente do hospital, Miguel Cendorogio.

Mais cedo, nesta segunda, o hospital havia informado que o quadro de Bolsonaro "ainda é grave e permanece em terapia intensiva". A fala despertou a atenção de repórteres, já que destoava do otimismo de outros boletins divulgados no fim de semana, com favorável quadro de melhora do paciente. Questionada, a assessoria do hospital procurou a equipe médica, que explicou se tratar de um estado ainda grave diante do ferimento, mas que não representa regressão no progresso do deputado, que permanece internado na UTI.

Destoando dos demais dias, sobretudo na sexta-feira, em que apoiadores de Bolsonaro se organizaram nas proximidades do hospital com um boneco inflável do candidato do PSL, nesta segunda o movimento foi bastante reduzido. Nem mesmo apoiadores entraram nas imediações do hospital, na zona sul paulista. Apenas câmeras e diversos jornalistas se concentravam na entrada do prédio da UTI.

Neste fim de semana, Mourão chamou de "oba oba" as constantes visitas que Bolsonaro estava recebendo. Segundo o vice na chapa, o candidato precisa descansar neste momento. O próprio Hospital Albert Einstein chegou a relembrar, em boletim anterior, que as visitas estavam restritas aos familiares, por ordem médica.

No dia, apenas o deputado federal e coordenador da campanha de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM/RS) foi visto entrando no prédio. Em conversa com jornalistas, Lorenzoni foi questionado sobre o quadro de Bolsonaro, que estaria se recuperando bem. O deputado foi questionado sobre a possibilidade de o vice na chapa do PSL, General Mourão, assumir os compromissos de campanha durante a recuperação do cabeça do partido. Lorenzoni, entretanto, desconversou e disse que não é o momento de falar sobre isso. O deputado também reafirmou a teoria de que o ataque foi organizado e refutou "ser obra de um lobo solitário".

Jair Bolsonaro foi esfaqueado na última quinta-feira, 6, durante evento de campanha em Juiz de Fora (MG). O político segue na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a ultima sexta-feira, 7.

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