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Bolsonaro nega que irá privatizar estatais estratégicas se for eleito

"Quem é funcionário da Caixa, do Banco do Brasil, do setor elétrico, do setor energético pode ficar tranquilo", afirmou à TV Aparecida

Jair Bolsonaro: candidato disse que pretende ter em torno de 15 ministérios caso seja eleito (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: candidato disse que pretende ter em torno de 15 ministérios caso seja eleito (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 21h25.

Última atualização em 25 de outubro de 2018 às 21h26.

São Paulo - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, voltou a afirmar, em entrevista exibida na noite desta quinta-feira, 25, pela TV Aparecida, que estatais estratégicas não serão privatizadas no caso de ele ser eleito.

"É o que eu tenho falado, que as estatais estratégicas não serão privatizadas. Tudo terá um critério ou um modelo, não vamos sair vendendo tudo. Quem é funcionário da Caixa, do Banco do Brasil, do setor elétrico, do setor energético, pode ficar tranquilo", afirmou.

O candidato disse ainda que, neste sentido, o Banco do Nordeste e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também vão se manter estatais.

Ministérios

Bolsonaro afirmou que pretende ter em torno de 15 ministérios, no caso de ser eleito. Questionado sobre que pastas poderiam ser extintas, o candidato listou exemplos. "Quando você fala do Ministério das Cidades, pode ser uma secretaria, é uma sugestão", afirmou.

Venezuelanos

O candidato negou o rótulo de xenófobo e acusa a esquerda de querer colocar nele. Na entrevista, ele diz que a marca que tentam impor nele é porque propõe que "a entrada de venezuelanos seja regularizada".

Especificamente sobre a crise da Venezuela, o candidato do PSL afirmou que o governo tem de procurar a ONU para criar "campos de refugiados".

Bolsonaro criticou também que a Lei de Migração brasileira. "Nós somos um País que não pode ser de fronteiras abertas", afirmou.

Escolinhas do MST

O presidenciável disse ainda que é necessário o fechamento de escolas em assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A declaração se deu após Bolsonaro explanar a ideia de propor educação a distância para crianças em áreas rurais.

"Queremos por um ponto final nas escolinhas do MST. A bandeira que eles hasteiam não é a verde e amarela, é a vermelha com uma foice e um martelo. Lá eles não aprendem o hino nacional, eles aprendem a Internacional Socialista. Eles estão formando uma fábrica de guerrilheiros no Brasil", afirmou.

O candidato criticou mais uma vez os esquerdistas. "São malandros que nunca trabalharam na vida, sempre viveram às custas dos outros. Isso tem de acabar no Brasil e vai acabar na forma da lei, se eu for presidente da República", afirmou.

Bolsonaro acusou ainda o PT de ser corrupto e que o partido vai ser alijado do poder com notícias verdadeiras. "Não precisa de fake news para derrotar o PT, é só dizer a verdade", disse.

O capitão da reserva disse ainda que lamenta "casos de violência isolados". "Eu tenho dito para a minha militância. Começou uma discussão sobre política em uma mesa, vai embora, vai para outro lugar", disse.

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