Brasília - O deputado Jair Bolsonaro (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
Luiza Calegari
Publicado em 14 de novembro de 2017 às 15h14.
Última atualização em 14 de novembro de 2017 às 15h28.
São Paulo – A jornalista Míriam Leitão, em sua coluna do jornal O Globo de hoje, fez duras críticas ao deputado Jair Bolsonaro, que é pré-candidato à Presidência e tem sido cada vez mais cobrado a dar respostas embasadas sobre a economia brasileira.
O deputado postou sua resposta no Twitter: "Miriam Leitão, a marxista de ontem, continua a mesma. Se eu chegar lá vai querer lamber minhas botas, como fez com todos que chegaram ao Poder. Seu lugar é no chiqueiro da História."
Miriam Leitão, a marxista de ontem, continua a mesma. Se eu chegar lá vai querer lamber minhas botas, como fez com todos que chegaram ao Poder. Seu lugar é no chiqueiro da História.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 14, 2017
Na coluna opinativa, a jornalista destaca que Bolsonaro foi perguntado sobre a questão da dívida pública, e respondeu que chamaria os credores para conversar. "Essa resposta é tão sem noção que deixou os interlocutores mudos. É preciso desconhecer coisa demais para dar uma resposta dessas. Todos os brasileiros que aplicam em títulos da dívida são credores. Todos os bancos, empresas, órgãos governamentais, não governamentais, cotistas de fundos, compradores de Tesouro Direto, investidores estrangeiros e locais, grandes e pequenos são credores da dívida pública", diz o texto.
Ela diz ainda que o "candidato da extrema-direita pode ser aceito por corretores desavisados, mas nenhum analista sério se deixa convencer apenas pelo fato de que agora ele tem ao lado dele um economista que está falando em privatização".
Míriam Leitão termina o texto argumentando que ainda é muito cedo para que o cenário eleitoral esteja definido, mas que seria ideal que os candidatos não "formatassem ideias artificiais para receber elogios do mercado financeiro".
A jornalista Míriam Leitão foi torturada durante a ditadura, quando estava grávida de um mês. Já o deputado dedicou seu voto, no impeachment de Dilma Rousseff, ao coronel Brilhante Ustra, o primeiro militar a ser reconhecido como torturador.