Entenda a investigação da PF sobre o caso das joias
No inicio do mês, a PF deflagrou a operação Lucas 12:2, com objetivo de investigar a atuação de uma suposta associação criminosa para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A hipótese da PF é que militares ligados ao ex-presidente Boslonaro venderam ilegalmente presentes dados ao governo brasileiro por países estrangeiros, como a Arábia Saudita. O valor da venda teria sido entregue em espécie ao Bolsonaro pelo Mauro Cid após venda das joias nos Estados Unidos.
"Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", disse a nota da PF. A operação foi batizada em alusão ao ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido “.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal (STF), relato pelo ministro Alexandre de Moraes. Todos os convocados para depor nesta quinta são citados no relatório parcial da investigação enviado ao STF e usado para justificar as buscas na Operação. No dia 18, Moraes autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e da ex-primeira-dama. A investigação já fez buscas contra aliados de primeira hora do ex-presidente, como o general Mauro César Lourena Cid - pai de Mauro Cid -, o criminalista Frederick Wassef, advogado do ex-presidente, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do de Bolsonaro.
Com Agência o Globo.