Bolsa Família: Segundo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem estudado o assunto 'com responsabilidade'. (Alan Santos/Flickr)
Agência O Globo
Publicado em 4 de junho de 2021 às 07h30.
Última atualização em 4 de junho de 2021 às 15h41.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, em sua live semanal nas redes sociais, que pretende aumentar o Bolsa Família em 'pelo menos 50%'. Segundo ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem estudado o assunto 'com responsabilidade'.
Pressionado pela CPI da Covid e queda de popularidade, o presidente mencionou uma das principais pautas dos protestos realizados contra ele no último sábado: o aumento do auxílio emergencial:
— Tem gente que fala que o auxilio emergencial, que está em R$ 250, é um absurdo, muito pouco. Concordo. Mas vocês nunca falaram que o Bolsa Familia está hoje, em média, R$ 192. Resolveram falar que (R$ 250) é pouco por conta da pandemia. Quando não tinha pandemia, o pobre podia continuar vivendo com R$ 192, que é pouco.
O presidente então acrescentou:
— Estamos trabalhando para aumentar esse valor (do Bolsa Família). Pretendemos chegar aí... dar pelo menos 50% (de aumento). Está lá o Paulo Guedes discutindo esse assunto. Com responsabilidade.
Na transmissão, Bolsonaro falou que esta foi uma "semana de glória" para a economia e que a previsão é de o Produto Interno Bruto (PIB) crescer no mínimo 4% neste ano de 2021.
Ele também criticou o preço dos combustíveis, que, na visão dele, seriam inflados por conta do ICMS, imposto estadual:
— Cada estado cobra o que bem entende (de ICMS). E cobra em cima do preço médio que você paga na bomba. Tem que ser o preço da refinaria (que é menor) ou um valor fixo. Que seja um valor fixo. Conversei com o (presidente da Câmara dos Deputados) Arthur Lira (PP-AL). Vai botar um projeto em votação que trata desse assunto — disse Bolsonaro, em mais um aceno para os caminhoneiros, categoria de sua base política que reivindica redução no preço do diesel.