Fernando Haddad: candidato afirmou que, geralmente, são pequenos homens com problemas psicológicos que estimulam a violência, alfinetando o presidenciável do PSL (Amanda Perobelli/Reuters)
Reuters
Publicado em 26 de outubro de 2018 às 15h11.
Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 15h12.
O presidenciável do PT, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 26, que o seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), estimula pessoas violentas a saírem do armário.
"Ele estimula as milícias, os capangas, as pessoas violentas a saírem do armário, ele é a expressão da violência", disse Haddad durante coletiva de imprensa em João Pessoa, na Paraíba. "É muito comum na história dos povos que um covarde seja o agente da violência social. Em geral, são pequenos homens que estimulam a violência, até em função dos seus problemas psicológicos".
"Por isso que os pequenos homens com problemas psicológicos são tratados respeitosamente, mas não chegam ao poder, porque são perigosos no poder. Não são perigosos fora do poder", afirmou o ex-prefeito de São Paulo.
Segundo o petista, Jair Bolsonaro não tem um projeto, mas sim uma "retórica da violência". "A gente sabe como essa retórica da violência começa, mas a gente não sabe até onde vai. Nós precisamos cortar esse mal pela raiz", afirmou o candidato. Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial marcado para domingo.
Ao defender o projeto que representa, Haddad voltou a reconhecer que o PT cometeu erros, embora tenha feito mais acertos.
"Eu represento um projeto que tem muito mais acertos do que erros. Mudou a vida de metade da população brasileira. E os erros eu estou aqui assumindo e disposto a corrigir", disse.
O candidato também se mostrou otimista nesta reta final antes da eleição de domingo e disse acreditar que uma virada irá acontecer, acrescentando que "segunda-feira já começamos a trabalhar na equipe de governo".
O petista também voltou a comentar que espera um apoio do pedetista Ciro Gomes, derrotado no primeiro turno da disputa presidencial e cujo partido decidiu dar "apoio crítico" à candidatura do PT. "Acredito que, chegando no Ceará, ele vai fazer um gesto importante pelo Brasil. Não é por mim, é pelo Brasil. Ele sabe o que está em jogo, o que está em risco", disse Haddad.