Segundo assessoria da Câmara dos Deputados, Bolsonaro não mandou prender as estudantes (Renato Araújo/ABr)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 3 de agosto de 2016 às 20h49.
Brasília – O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) fez queixa contra duas estudantes após ser chamado de homofóbico. O episódio aconteceu na noite de segunda-feira (1) no Anexo II da Câmara dos Deputados.
As estudantes de artes cênicas da Universidade de Brasília (UNB) foram conduzidas pela Polícia Legislativa e prestaram depoimentos. Elas foram liberadas depois de três horas.
https://youtube.com/watch?v=9KVKnqaluj8
Em vídeo, Meimei Bastos, uma das estudantes, disse que passou por uma situação constrangedora e humilhante.
Aquele deputado machista, que diz que mulher merece ser estuprada, se sentiu ofendido com algo que eu disse, acabou dando voz de prisão para mim e para a minha amiga e passamos por uma situação humilhante, explicou a universitária.
https://youtube.com/watch?v=FnVTw0yVFV8
Segundo assessoria da Câmara dos Deputados, Bolsonaro não mandou prender as estudantes. Após ser ofendido, o parlamentar do PSC registrou ocorrência de injúria contra as jovens na Polícia Legislativa. Após o depoimento dos agentes que presenciaram o ocorrido, a Polícia Legislativa enviará um termo circunstanciado para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
A EXAME.com, a assessoria de imprensa enviou um comunicado para esclarecer o caso. Na segunda-feira (1º), o deputado Jair Bolsonaro registrou ocorrência de injúria contra duas estudantes no Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara.
Na ocasião, as duas foram conduzidas para prestar depoimento e não ofereceram qualquer resistência. Não houve voz de prisão. O termo circunstanciado vai ser enviado para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.