Bolsonaro quer flexibilização de restrições para a entrada de estudantes nos Estados Unidos (Alan Santos/PR/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de outubro de 2020 às 14h17.
Em conversa com apoiadores ontem, 23, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ter pedido para um representante do governo norte-americano a flexibilização de restrições para a entrada de estudantes nos Estados Unidos. Desde o fim de maio, está proibida a entrada em território americana de brasileiros e de pessoas que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias antes de viajar.
Em setembro, o governo americano amenizou as restrições e passou a permitir o embarque em um voo para os EUA valendo para cidadãos do próprio país, residentes permanentes legais (portadores de green card), familiares imediatos de cidadãos norte-americanos. As restrições para a viagem continuam para quem não se encaixa nessas categorias.
"Eu pedi para o secretário de negócios dele (Donald Trump) possibilidade de abrir para os estudantes, é o que pode ser feito no momento né", disse Bolsonaro, no fim da tarde de ontem, quando chegou ao Palácio da Alvorada. O mandatário conversou com uma apoiadora, não identificada, que disse ter um filho que está nos EUA. "Meu filho está lá não consegue nem vir, nem eu consigo ir para lá", disse ela.
O presidente respondeu que o retorno de brasileiros está permitido e que "os Estados Unidos têm voo para cá". Ele citou ainda as missões de repatriações de brasileiros feitas pelo governo federal no início da pandemia da covid-19. "Vir ele consegue sim. Nós repatriamos mais de 40 mil (brasileiros) pelo mundo. Um esforço enorme, até meu cartão corporativo foi usado", respondeu.
Bolsonaro chegou a perguntar para uma outra apoiadora se a "tendência dos americanos é votar em Donald Trump mesmo". Nesta semana, em pronunciamento no Palácio do Itamaraty junto de representantes do governo americano, Bolsonaro declarou seu apoio a Trump, que é candidato à reeleição. "Espero, se essa for a vontade de Deus, comparecer a posse do presidente brevemente reeleito nos Estados Unidos", disse na última terça-feira, 20.