Brasil

Bolsonaro diz que Saúde vai decretar "fim da pandemia" no mês que vem

Plano do governo é reduzir o status da covid-19 no Brasil de pandemia para endemia, embora a OMS não tenha decidido nada nesse sentido

Marcelo Queiroga: ministro da Saúde. (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Marcelo Queiroga: ministro da Saúde. (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2022 às 18h43.

Última atualização em 16 de março de 2022 às 19h06.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai decretar o "fim da pandemia" por meio de uma portaria no início do mês que vem.

Já revelado por Queiroga, o plano do governo é reduzir o status da covid-19 no Brasil de pandemia para endemia, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) não tenha decidido nada nesse sentido.

Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.

"Devemos, a partir do início do mês, com decisão do ministro da Saúde, colocar o fim da pandemia", disse Bolsonaro na entrevista. "Não se justifica mais todos esses cuidados no tocante ao vírus, praticamente acabou. Parece que acabamos a situação da pandemia", acrescentou.

OMS destaca aumento de casos no mundo

Nesta quarta-feira, em entrevista coletiva à imprensa, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que, depois de seis semanas de queda no número de casos, as infecções por covid-19 estão subindo novamente pelo mundo, especialmente em partes da Ásia.

"Esses aumentos estão ocorrendo apesar das reduções nos testes em alguns países, o que significa que os casos que estamos vendo são apenas a ponta do iceberg. E sabemos que, quando os casos sobem, as mortes também o fazem", afirmou Tedros Adhanom.

Ele disse haver altos níveis "inaceitáveis" da covid-19 em diversos países, principalmente nos quais os níveis de vacinação entre a população suscetível são baixos.

Com cada nação lidando com desafios distintos, o diretor reforçou que "a pandemia não acabou".

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusJair BolsonaroMarcelo QueirogaMinistério da SaúdePandemia

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022