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Bolsonaro diz que governo estuda Bolsa Família 50% maior que atual

Os 50% de aumento em relação ao patamar atual, ditos nessa quinta pelo presidente, levariam a um valor um pouco menor, de 285 reais --um meio termo entre o previsto e o desejado por Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Presidente Jair Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 17 de junho de 2021 às 12h53.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nessa quinta-feira que o governo estuda elevar o valor médio do programa Bolsa Família para além dos 250 que estava sendo programado pela equipe econômica, e afirmou que o benefício com reajuste passaria a ser pago a partir de dezembro.

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"Está sendo negociado para aumentar aí 50%. Até dezembro. Houve inflação sim. Alimento subiu no mundo todo e foi agravado pela pandemia do fique em casa", disse o presidente a apoiadores depois de ser perguntado se realmente o benefício seria reajustado para 300 reais, como ele mesmo havia afirmado esta semana.

O valor médio pago hoje aos beneficiários do programa é de 190 reais mensais --existem variações de acordo com o tamanho da família e a idade das crianças. A equipe econômica já havia fechado as contas em um reajuste para 250 reais, em média --valor que poderia ser pago sem romper o teto de gastos e sem cortar outros programas, como exigia o presidente.

Na quarta à noite, em uma entrevista para um canal de tevê de Rondônia, Bolsonaro afirmou que era necessário aumentar esse valor e que queria 300 reais.

Os 50% de aumento em relação ao patamar atual, ditos nessa quinta pelo presidente, levariam a um valor um pouco menor, de 285 reais --um meio termo entre o previsto e o desejado por Bolsonaro.

A afirmação de quarta-feira pegou a equipe econômica de surpresa, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, porque todos os cálculos já estavam feitos para que se fizesse caber os 250 reais mensais no Orçamento, a serem pagos a partir de novembro.

Segundo essa mesma fonte, por enquanto não se sabe ainda de onde sairão os recursos para fazer o que o presidente quer, mas a proposta certamente virá do corte de outros programas existentes, já que não há como aumentar ainda mais as despesas sem ultrapassar o teto de gastos.

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