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Após deixar pacto da ONU, Bolsonaro diz que não negará ajuda a imigrantes

Segundo o presidente, assegurar a autoridade e liberdade de decisão do Brasil, sem pressões externas, garantirá mais segurança a todos

Bolsonaro: presidente confirmou revogação da adesão do Brasil ao Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bolsonaro: presidente confirmou revogação da adesão do Brasil ao Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de janeiro de 2019 às 11h15.

Última atualização em 9 de janeiro de 2019 às 11h28.

Após confirmar hoje (9) a revogação da adesão do Brasil ao Pacto Global para Migração Segura, Ordenada e Regular, o presidente Jair Bolsonaro disse que o país não fechará as portas para “os que precisam”. Em duas postagens na sua conta no Twitter, ele afirmou que o processo de imigração precisa ser submetido a critérios e regramento.

“Jamais recusaremos ajuda aos que precisam, mas a imigração não pode ser indiscriminada. É necessário [ter] critérios, buscando a melhor solução de acordo com a realidade de cada país. Se controlamos quem deixamos entrar em nossas casas, por que faríamos diferente com o nosso Brasil?”, disse.

Na rede social, o presidente ainda reiterou o discurso de campanha quando defendeu por mais de uma vez a soberania do país. Segundo Bolsonaro, assegurar a autoridade e liberdade de decisão do Brasil, sem pressões externas, garantirá mais segurança a todos.

“A defesa da soberania nacional foi uma das bandeiras de nossa campanha e será uma prioridade do nosso governo. Os brasileiros e os imigrantes que aqui vivem estarão mais seguros com as regras que definiremos por conta própria, sem pressão do exterior”.

Acordado em 2017 e chancelado no ano passado, o pacto estabeleceu orientações específicas para o recebimento de imigrantes, preservando o respeito aos direitos humanos sem associar nacionalidades. Dos representantes dos 193 países, 181 aderiram ao acordo. Estados Unidos e Hungria estão entre os que foram contrários. República Dominicana, Eritreia e Líbia se abstiveram.

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