Jair Bolsonaro: presidente altera logística de viagem para começar a discutir a reforma da Previdência (Alan Santos/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 2 de abril de 2019 às 09h40.
Brasília — O presidente Jair Bolsonaro antecipou a volta de Israel em cerca de duas horas na quarta-feira, 3, e terá uma série de encontros com parlamentares no dia seguinte com o objetivo de acelerar a tramitação da reforma da Previdência, afirmou nesta terça-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Inicialmente, Bolsonaro se encontraria com integrantes da comunidade brasileira em Israel na quarta de manhã na cidade de Raanana antes de embarcar de volta para Brasília, mas a agenda do presidente foi modificada, e agora Bolsonaro receberá brasileiros que moram em Israel em seu hotel na cidade de Jerusalém na noite desta terça-feira.
Com a mudança, o desembarque previsto do presidente foi antecipado de 20h40 para 18h40, e no dia seguinte Bolsonaro terá uma agenda cheia com parlamentares e líderes políticos para tratar da Previdência, disse o porta-voz.
"O que estamos acordando, por questões logísticas, estamos trazendo cerca de 25 brasileiros que moram naquela comunidade (Raanana) aqui hoje às 18h com a finalidade do presidente estreitar os laços e, ao mesmo tempo, antecipar nosso retorno amanhã, visto que no dia seguinte ele já tem agendada uma série de encontros com parlamentares visando nosso objetivo principal nesse momento, que é o andamento mais célere da nossa Nova Previdência", disse o porta-voz a jornalistas em Jerusalém.
Em entrevista à TV Record na noite de segunda-feira durante a visita a Israel, Bolsonaro já havia afirmado que vai intensificar os encontros com parlamentares e líderes políticos para fazer avançar a tramitação da reforma da Previdência no Congresso.
Segundo o presidente, se a reforma não for aprovada o Brasil estará "a um passo de um caos econômico".
"O que apresentei ao Parlamento com a reforma da Previdência não é um projeto meu ou do meu governo, é do Brasil, e o Parlamento é muito importante para aperfeiçoar essa proposta. Não pode é ficar sem votar, porque dai o Brasil perde como um todo", disse Bolsonaro na entrevista.