Jair Bolsonaro critica veto de Alexandre de Moraes à sua ida aos Estados Unidos para posse de Trump (Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 17h12.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu nesta quinta-feira, 16, à decisão que o impede de viajar para os Estados Unidos e comparecer à posse do presidente americano eleito, Donald Trump. O veto foi imposto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a justificativa de que há indícios de tentativa de fuga do país.
“Me sinto extremamente orgulhoso com o convite, sempre admirei a história do povo americano e fiz uma amizade rapidamente com Donald Trump e gostaria de apertar minha mão. Foram cinco chefes de estado convidados. Não estou indo para uma festa de batizado da filha ou da neta de ninguém. É um evento de posse da maior democracia do mundo, é um país bélico mais forte do mundo”, afirmou Bolsonaro.
A declaração foi feita durante entrevista ao programa "Faroeste Brasileiro", da Revista Oeste. Além de lamentar a decisão, Bolsonaro garantiu que sua defesa irá recorrer no STF. Como alternativa, ele declarou que sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, representará a família no evento.
Bolsonaro afirmou que Michelle Bolsonaro foi convidada a participar da posse e receberá um "tratamento especial" pela relação próxima que ele mantém com Trump. Segundo o ex-presidente, ambos compartilham experiências semelhantes.
“Minha esposa irá para lá. Estava convidada, junto comigo, e ela vai ter um tratamento bastante especial lá até pela proximidade que o presidente Trump tem comigo. Tudo que ele sofreu lá, eu venho sofrendo aqui”, declarou.
Nesta quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos. Segundo o magistrado, a solicitação não atendia ao interesse público, mas apenas "interesse privado". O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi favorável à negativa.
Desde fevereiro, o ex-presidente está com o passaporte apreendido por determinação de Moraes, no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ele foi indiciado em novembro, mas continua negando as acusações.