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Bolsonaro critica prisão de Braga Netto: 'Como pode obstruir investigações já concluídas?'

Ex-presidente afirmou que a Polícia Federal fez os indiciamentos há mais de dez dias; seu aliado foi detido na manhã deste sábado

Agência o Globo
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Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 20h54.

Última atualização em 14 de dezembro de 2024 às 20h59.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu na noite deste sábado à prisão de seu aliado, o general e candidato a vice-presidente na chapa de 2022, Walter Braga Netto. Sem citar o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro questionou o argumento que levou Braga Netto à prisão — de que ele estaria tentando obstruir as investigações.

"Há mais de 10 dias o 'inquérito' foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP. Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?", disse o ex-presidente em uma postagem no seu perfil na rede social X.

A declaração de Bolsonaro rompe um silêncio de mais de doze horas desde a operação que conduziu Braga Netto à detenção. Na bancada do PL, apenas 21 dos 103 parlamentares se manifestaram.

O general é acusado de participação na trama golpista que teria sucedido às eleições de 2022. Segundo decisão de Moraes, ele teria tentado descobrir informações da delação premiada de outro investigado, o tenente-coronel Mauro Cid. Sua defesa nega.

Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas, da mais alta patente, a ser preso desde a redemocratização.

Segundo a Polícia Federal, ele teria feito parte do núcleo responsável por incitar as forças armadas a aderirem ao golpe e de apoio junto a outros militares de alta patente. Em novembro de 2022, o plano que pretendia impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi impresso no Palácio do Planalto. O texto tinha a operação "Punhal Verde e Amarelo", que tinha o intuito de matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Morais.

A prisão ocorreu em um sábado porque a Polícia Federal aguardava o seu retorno de uma viagem. O militar estava na região Nordeste do país quando saiu a determinação da prisão, na última quinta-feira, dia 12.

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