Bolsonaro falou sobre o assunto durante transmissão ao vivo feita nesta quinta-feira (7) (Valter Campanato/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de março de 2019 às 21h04.
Última atualização em 8 de março de 2019 às 15h42.
Brasília — O presidente Jair Bolsonaro resolveu dar um 'conselho' para quem tem interesse em prestar concurso público no País. Ao criticar a exigência de cursos de diversidade e prevenção ao assédio em edital para vaga de assistente técnico da Previ, voltada para funcionários do Banco do Brasil, Bolsonaro disse que quem entrar na Justiça contra o requisito "vai ganhar". Ele deixou claro que está atuando junto ao BB para acabar com este tipo de exigência nos próximos editais.
Bolsonaro falou sobre o assunto durante transmissão ao vivo feita nesta quinta-feira (7) em redes sociais, ao lado do porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, e do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Ao comentar o episódio, que mencionou como "curiosidade", Bolsonaro criticou o fato de a instituição abrir concurso para a vaga de assistente técnico.
"Olha só o nível de aparelhamento que existe no Brasil", comentou. Ele também questionou a exigência dos cursos de diversidade e prevenção ao assédio moral e sexual, alegando que isso "é questão de educação, ninguém precisa fazer curso nesse sentido".
Bolsonaro contou, ainda, que ligou para o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para confirmar a informação. "Ele confirmou que o edital é verdadeiro, mas vigorou até 1º de março. Nos futuros editais não teremos mais essa obrigatoriedade", continuou.
Ele disse que vai tentar interceder "para que se evite isso" e para abrir um novo prazo para aqueles que não possuem os cursos mencionados, mas, como alternativa, sugeriu que as pessoas entrem na Justiça contra a exigência.
"Um conselho que dou a vocês. Se por ventura alguém for aprovado em um concurso que for exigido esse diploma, tu pode entrar na Justiça que tu vai ganhar."
"E aí, o que que você acha, está preparado para fazer concurso?", questionou Bolsonaro ao porta-voz, Rêgo Barros, que estava ao seu lado. Todos riram.
Ele também fez a pergunta ao ministro do GSI, que respondeu aos risos que considera fazer o curso. "A gente está rindo, mas não pode ser assim, pelo amor de deus", finalizou Bolsonaro.