"Sim": Eduardo Bolsonaro já confirmou que aceitaria a indicação e renunciaria ao mandato caso fosse indicado oficialmente (Instagram/Reprodução)
Reuters
Publicado em 15 de julho de 2019 às 11h17.
Última atualização em 15 de julho de 2019 às 14h25.
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta segunda-feira, em discurso em sessão solene no Congresso, a indicação do filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil nos Estados Unidas.
Ao falar para uma plateia cheia de militares, Bolsonaro afirmou que por vezes precisa tomar decisões que “não agradam a todos”, como a indicação de Eduardo, deputado federal que estava presente à sessão.
“Se está sendo tão criticada é sinal de que é a pessoa adequada”, afirmou o presidente.
Na quinta-feira, Bolsonaro confirmou que considerava o nome do filho para a embaixada e, no dia seguinte, disse que só faltava que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) aceitasse.
Em entrevista, Eduardo confirmou que aceitaria a indicação e renunciaria ao mandato caso fosse indicado oficialmente.
O presidente conversou com o filho no final de semana, como programado, mas ainda não foi feito nenhum anúncio.
A possível indicação de Eduardo para a embaixada em Washington causou perplexidade no Itamaraty e foi criticada nas redes sociais, inclusive por apoiadores do presidente e de Eduardo.
O presidente Jair Bolsonaro também afirmou que o Brasil enfrenta problemas e precisa passar por uma “quimioterapia” para sobreviver.
“Estamos fazendo isso juntos”, disse o presidente ao participar de sessão solene no Congresso para homenagear o comando de operações especiais do Exército.
O presidente não entrou em detalhes sobre os problemas a que se referia.
Bolsonaro também afirmou que é sua obrigação e dos parlamentares entregar um Brasil melhor do que aquele que recebeu ao assumir a Presidência.
No discurso no Congresso, Bolsonaro também citou o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça, como um ministro "terrivelmente evangélico".
Na semana passada, também em discurso no Congresso, o presidente afirmou que indicará um ministro "terrivelmente evangélico" para uma das duas vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) durante seu mandato.
As indicações de ministros do STF são uma atribuição do presidente. Os nomes, no entanto, precisam ser aprovados por uma sabatina no Senado.
Em maio deste ano, em um evento da Igreja Assembleia de Deus, em Goiânia, o presidente já havia defendido a indicação de um ministro evangélico para a corte, ao comentar que o STF estaria legislando ao criminalizar a homofobia.