Bolsonaro: candidato disse ainda que "o futuro ministro da Agricultura e Meio Ambiente vai ser indicado pelo setor produtivo" (Antonio Milena/VEJA)
Reuters
Publicado em 11 de outubro de 2018 às 16h38.
Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 14h22.
Brasília — Em encontro com deputados eleitos do PSL, o candidato do partido à Presidência, Jair Bolsonaro, confirmou nesta quinta-feira as escolhas do general da reserva do Exército Augusto Heleno para o Ministério da Defesa, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil, e o economista Paulo Guedes para comandar uma pasta da Economia.
No encontro, realizado no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse ainda que "o futuro ministro da Agricultura e Meio Ambiente vai ser indicado pelo setor produtivo".
"Não teremos mais briga nesta área", afirmou ele, sendo aplaudido.
Bolsonaro defendeu que os presentes continuem mobilizados para garantir a vitória no segundo turno contra o petista Fernando Haddad -- a votação final está marcada para o dia 28 de outubro.
O deputado federal Onyx foi reeleito nesta eleição para seu quinto mandato na Câmara dos Deputados. O político recebeu 183.518 votos, pelo Rio Grande do Sul.
Em 2014, entrou em uma polêmica após ter admitido que recebeu R$ 100 mil de caixa 2 da JBS para sua campanha em 2014. O parlamentar afirmou que sua atitude "foi um erro".
Segundo a delação da JBS, Onyx teria recebido R$ 200 mil em espécie, entregues pelo presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Carne Bovina, Antônio Jorge Camardelli, em 12 de setembro de 2014.
Ex-chefe da missão de paz da ONU no Haiti, o general desfruta de grande proximidade com Bolsonaro, é conselheiro para assuntos de segurança e defesa e tem atuado em temas de relações exteriores.
Ele deveria ter sido o candidato à vice-presidência pela chapa do pesselista. Heleno havia aceitado o convite, mas o PRP – partido ao qual o general está filiado – rejeitou a aliança com o PSL.