Destruição causada pela chuva na localidade de Alto da Serra, no município de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. (Bruno Kaiuca/Zimmer Press/Estadão Conteúdo)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 13h20.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2022 às 18h26.
O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou na manhã desta sexta-feira 18, uma parte da cidade de Petrópolis (RJ), atingida fortemente pela chuva na terça-feira, 15, e classificou a região como um cenário "quase que de guerra". Ao lado de ministros de Estado, do governador do Rio e de outras autoridades, Bolsonaro afirmou que mobilizou diversos ministérios para auxiliar em ações para diminuir os estragos causados pelas chuvas — em valores, as somas devem ultrapassar R$ 2 bilhões.
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Sobre o voo de helicóptero pela cidade, o presidente se demonstrou impactado. "Vimos um ponto localizado, mas de intensa destruição. Vimos também regiões que existiam casas e, perifericamente ao estrago causado pela erosão, imagem quase que de guerra. É lamentável. Tivemos uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu aqui em Petrópolis", afirmou Bolsonaro.
Questionado sobre se houve falhas em gastos com ações preventivas, o presidente jogou a responsabilidade na execução do Orçamento, que, ele recordou, é votado pelo Congresso todos os anos.
"As medidas preventivas são previstas no Orçamento. Ele é limitado, existem os orçamentos federal, estaduais, municipais. Agora, na questão emergencial, o tratamento é diferente. Muitas vezes nós não temos como prever tudo que possa acontecer nestes 8,5 milhões de quilômetros quadrados [do Brasil]. A população, logicamente, tem razão em criticar, mas aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente, tivemos outras tragédias aqui. A gente pede a Deus que não ocorram mais, e vamos fazer a nossa parte", sustentou.
Ao seu lado, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, reforçou a fala dizendo que "nós temos de trabalhar a execução orçamentária em cima do que nos é apresentado", mas declarou que o governo federal irá investir mais de R$ 2 bilhões "para ações extraordinárias" em virtude das chuvas. Os valores partirão de ações de diferentes ministérios.
Em rápida fala, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), disse no início que "não adianta gente demais aqui". A mensagem foi uma resposta a cobranças por parte da população sobre a ausência de autoridades no município. Castro afirmou que a cidade serrana apresenta vias com problemas de tráfego, e que por isso quem deve ir para lá são técnicos e especialistas no tema.
A visita de Bolsonaro a Petrópolis foi acompanhada por diferentes ministros, parlamentares e outras autoridades.