Jair Bolsonaro chega ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar o seu julgamento (Flickr/ Supremo Tribunal Federal STF)
Agência de notícias
Publicado em 25 de março de 2025 às 09h48.
Última atualização em 25 de março de 2025 às 10h05.
O ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu na manhã desta terça-feira, 25, ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhando de um grupo de deputados do PL. Ele surpreendeu até mesmo os aliados, que acreditavam que ele não iria à Corte.
Ao chegar, Bolsonaro cumprimentou a todos e disse que quase "tomou um esculacho" da segurança.
"Estamos no Supremo para acompanhar tudo de perto", disse Zucco.
Estão com ele, o líder da Oposição, deputado Zucco (PL-RS), Evair de Mello (PL-ES), entre outro. Os parlamentares avisaram que vão obstruir a pauta do Congresso ao longo da semana, enquanto durar o julgamento.
“Iremos obstruir todas as Comissões, com exceção das seguintes: CREDN. Em relação ao plenário, pedimos que também não registrem presença”, diz mensagem enviada pelo deputado Evair aos demais colegas.
Mais cedo, ao desembarcar em Brasília, Bolsonaro voltou a reforçar a tese de que não deveria ser julgado pela Primeira Turma do Supremo.
"Minha defesa vai contestar o foro. Estou tranquilo, nada dessa denúncia se sustenta", disse Bolsonaro.
O ex-presidente chegou ao plenário do STF pouco antes do início da sessão, acompanhado do líder da Oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS), Evair de Mello (PL-ES), entre outros. Os parlamentares avisaram que vão obstruir a pauta do Congresso ao longo da semana, enquanto durar o julgamento.
Dois anos e cinco meses após o resultado eleitoral que, para a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), deu origem a uma tentativa de golpe, o STF começará nesta terça-feira a decidir se aceita tornar Bolsonaro e sete aliados réus por tentarem se manter no poder após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2022.
Os oito denunciados são acusados pela PGR de cometerem os crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Para isso, a Corte preparou um esquema especial, que inclui segurança reforçada, transmissão da TV Justiça e até precauções contra ciberataques. Na segunda, véspera da sessão, foi feita uma varredura antibombas. O planejamento diferenciado ocorreu desde a convocação de três sessões extraordinárias, duas delas de manhã, para analisar o caso.
Um plano de segurança foi elaborado em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Haverá um policiamento reforçado e um controle de acesso mais rigoroso. O reforço também ocorre na segurança digital, contra eventuais ataques hackers.
Outro diferencial é a transmissão da TV Justiça — que é regra no plenário, mas só acontece nas turmas em casos excepcionais. Além disso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai fazer pessoalmente a sustentação oral, função que nas turmas geralmente fica com subprocuradores.
O julgamento será transmitido ao vivo pela TV Justiça e nos canais do YouTube da TV Justiça e do STF.