Jair Bolsonaro em voo entre São Paulo e Rio de Janeiro: com bandeiras de apoio ao candidato e usando roupas verdes e amarelas, o grupo era pequeno, mas ruidoso (Leonardo Benassatto/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de setembro de 2018 às 20h16.
Rio - Aos gritos de "o capitão voltou", um grupo de eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) esperava pelo candidato à Presidência na porta do condomínio onde ele mora, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.
O oficial da reserva do Exército chegou em casa por volta das 17h40, depois de desembarcar no Aeroporto Santos Dumont, vindo de São Paulo, onde estava internado no Hospital Albert Einstein, se recuperando da facada que recebeu no último dia 6, em Juiz de Fora (MG).
Com bandeiras de apoio ao candidato e usando roupas verdes e amarelas, o grupo era pequeno, mas ruidoso. E até duas horas depois da chegada do candidato (que entrou direto sem falar com ninguém) ainda havia muita gente na porta. Até mesmo eleitores não muito convictos. "Meu voto é contra o PT, contra a corrupção " , disse o empresário Flávio Santiago, de 49 anos.
O Hino Nacional e a versão de "Baile de Favela", em que os apoiadores do ex-capitão comparam feministas a cadelas, eram as músicas mais tocadas. Em dia das manifestações do #Elenão, a estudante de nutrição Kenya Conz, de 30 anos, e a filha Maria Eduarda, de 6, exibiam camisetas com o lema #Elesim.
"Eu não acho que ele seja machista", disse Kenya. "Acho que ele é autêntico e diz as verdades. Voto nele pelo futuro da minha filha."