Avião da Lamia: de acordo com a TV Globo, a operadora de voo boliviana pediu refúgio no país (foto/Reuters)
Reuters
Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 09h09.
Última atualização em 15 de junho de 2020 às 16h52.
A funcionária de controle de tráfego aéreo boliviana Celia Castedo, que disse ter apontado problemas no plano de voo do avião que caiu na Colômbia com o time da Chapecoense, deixando 71 mortos, viajou para o Brasil e pediu ajuda no país.
O Ministério Público Federal (MPF) informou, em comunicado, que Celia buscou a Procuradoria da República em Corumbá (MS) na segunda-feira.
O MPF disse que vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro.
De acordo com a TV Globo, a boliviana pediu refúgio no país.
A boliviana afirmou depois do acidente ocorrido na semana passada que havia questionado um despachante da empresa aérea Lamia sobre pontos do plano de voo, inclusive que o tempo de rota era igual ao tempo de autonomia da aeronave, segundo reportagens.
As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas a principal hipótese é de que o avião ficou sem combustível durante o voo a caminho de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na final da Copa Sul-Americana.
Seis pessoas sobreviveram ao acidente, incluindo três jogadores do time catarinense.
Segundo o MPF, A Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasaana) teria enviado ao Ministério Público boliviano notícia-crime contra Celia por "não cumprimento de deveres" e "atentado contra a segurança dos transportes", e ela estaria suspensa de suas funções por suspeita de negligência.