Manifestante protege o seu rosto de gás lacrimogênio durante confronto com policiais militares no Rio de Janeiro (Pilar Olivares/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 20h51.
Rio - A Prefeitura do Rio solicitou nesta quarta-feira, 02, à Secretaria Estadual de Segurança Pública que investigue a origem do boato de que uma professora havia morrido devido à inalação de gás lacrimogêneo durante os confrontos entre manifestantes e policiais, na terça-feira, 01, no Centro do Rio.
O boato começou a circular ainda na terça à noite, postado no Facebook por supostos professores e compartilhada pelo perfil dos Black Blocs do Rio. "Lamento informar que a professora Elisabete da Fonseca faleceu de infarto devido ao gás lacrimogêneo lançado pelo (Batalhão de) Choque. Os socorristas nos avisaram. A Direção do Sepe e a Comissão de Direitos Humanos estão no Souza Aguiar. Cabral e Paes são assassinos!!! Luto!!!!", afirma uma das mensagens, que foi curtida por mais de 500 pessoas e gerou centenas de comentários, vários deles tentando organizar ataques a policiais.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), que representa a categoria, afirmou em nota que "não conseguiu confirmar junto a hospitais e ao Instituto Médico Legal qualquer registro de profissional ferido que tenha morrido (...) A Regional 8 do Sepe-RJ chegou a entrar em contato com as escolas municipal Clementino Fraga e estadual Clementino Fraga, em Bangu, onde a suposta vítima lecionaria, e as direções dessas unidades negaram que ela trabalhasse nesses locais e que algum profissional dessas escolas tenha sido ferido na manifestação".
Segundo a Prefeitura do Rio, "esse tipo de relato cria perturbação da ordem pública, que pode se configurar em infração penal".