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BNDES vai investir R$ 29 milhões para implementar IA no Centro de Operações Rio

COR também servirá como parâmetro para outras cidades brasileiras, a partir de normatização da ABNT, que proporá que espaço seja referência internacional

Sede do BNDES, em Brasília (DF) (Miguel Ângelo/CNI/Flickr/Divulgação)

Sede do BNDES, em Brasília (DF) (Miguel Ângelo/CNI/Flickr/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 27 de maio de 2024 às 14h18.

Em cerimônia realizada nesta segunda-feira no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante anunciou um investimento de R$ 117 milhões no Rio, sendo R$ 29 milhões destinados para a implementação de inteligência artificial no cotidiano do COR.

— O que se pretende com esse investimento: desenvolver um gêmeo digital, uma espécie de avatar da cidade do Rio. Você vai reconstruir o Rio no plano digital e, com isso, vai poder usar a inteligência artificial para processar e aprimorar esse sistema — detalhou Mercadante. Na prática, nessa espécie de “jogo”, com a projeção da cidade, medidas poderão ser testadas no ambiente virtual para, então, serem implementadas, sem a necessidade de um imprevisto acontecer.

Dentro desse investimento direcionado ao COR, R$ 5 milhões serão dedicados uma rede de semáforos inteligentes, para, por exemplo, a partir da instalação de sensores, gerar mais informações para o Centro de Operações e poder abrir semáforos antes do tempo programado, a partir da percepção do trânsito.

— Abrindo um capítulo, queremos levar essa experiência do COR para outras grandes cidades do Brasil. O BNDES pretende pegar essa experiência, transformar num produto, num projeto que a gente possa financiar e levar essa cultura, essa experiência, esse instrumento para que a gente não viva tragédias como essa (do Rio Grande do Sul) e se antecipe — completou o presidente do BNDES.

ABNT proporá COR para parâmetro internacional

O anúncio foi feito durante um evento de lançamento de uma cartilha do COR junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), produzida em “tempo recorde”, de seis meses, como definiu o presidente da entidade, Mário Wilian Esper.

A intenção é, segundo ele, que a norma oriente prefeituras Brasil afora de como montar equipamentos de monitoramento para prevenção a extremos climáticos, e também como enfrentá-los, como será necessário no Rio Grande do Sul.

— Quero aqui anunciar em primeira mão que vamos propor hoje mesmo ao sistema internacional de normalização, com 180 países, essa norma como uma referência internacional — anunciou Esper.

O Centro de Operações do Rio foi criado em 2010 após um temporal na cidade. Atualmente, além de monitorar as condições climáticas, busca minimizar outras ocorrências de grande impacto na cidade, como deslizamentos e acidentes de trânsito.

Nessa prática recomendada com a ABNT, por exemplo, foram elencados a maneira de organizar um projeto desse tamanho, assim como o fluxo de informação, implementação de estágios operacionais e quais são as estratégias de resiliências.

— A gente busca evitar que os impactos na vida das pessoas sejam tão grandes. O objetivo do COR é evitar que as pessoas sejam surpreendidas por esses eventos extremos, mas principalmente que pessoas morram. É inaceitável que uma pessoa morra porque não foi avisada de uma enchente — afirmou o prefeito Eduardo Paes, que comemorou a regulamentação da ABNT, assim como o “incentivo” do BNDES.

Mercadante afirmou que o “BNDES está sentindo direto a mudança dos extremos climáticos” e anunciou medidas para o Rio Grande do Sul:

— Estamos abrindo hoje uma linha de R$ 5 bilhões com fundo garantidor, para reconstruir, e suspendendo todo pagamento de juros e pagamento da dívida durante um ano.

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