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BNDES mantém até hoje programa criado durante a crise

Criado em julho de 2009 para durar inicialmente seis meses, o Programa de Sustentação do Investimento vem sendo prolongado mesmo com o aquecimento da economia

Sede do BNDES: PSI foi projetado para injetar R$ 44 bilhões na economia e recuperar os investimentos no auge da crise (Divulgação/BNDES)

Sede do BNDES: PSI foi projetado para injetar R$ 44 bilhões na economia e recuperar os investimentos no auge da crise (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 08h47.

Brasília - O governo já triplicou o orçamento original do programa de financiamentos subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Projetado para injetar R$ 44 bilhões na economia e recuperar os investimentos no auge da crise, o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) foi prorrogado três vezes e sua dotação alcançou R$ 134 bilhões.

Criado em julho de 2009 para durar inicialmente seis meses, o PSI vem sendo prolongado mesmo com o aquecimento da economia. No mês passado, o governo autorizou um acréscimo de R$ 10 bilhões à dotação orçamentária do PSI. Com isso, dos R$ 180 bilhões emprestados pelo Tesouro ao BNDES nos últimos dois anos, o banco poderá chegar a R$ 134 bilhões emprestados sob as condições especiais do PSI até março de 2011.

Em julho, quando o programa foi prorrogado somente até dezembro e as taxas da maioria das linhas foram elevadas de 4,5% para 5 5% ao ano, o orçamento de R$ 124 bilhões já era 180% superior ao inicial. Até agora, R$ 104,4 bilhões estão comprometidos em operações e R$ 62,7 bilhões já foram liberados.

O foco principal do PSI é o financiamento de máquinas e equipamentos nacionais para a ampliação de capacidade produtiva nas empresas. Com a velocidade das solicitações de crédito ainda aumentando, o orçamento do PSI não daria até o fim do ano. O caráter pulverizado das operações do PSI tem impulsionado o aumento de capacidade em vários segmentos e recuperou a indústria de bens de capital a ponto de o setor também já planejar investimentos. “O governo não quis deixar essa engrenagem parar”, justifica o superintendente Claudio Bernardo de Moraes, da área de operações indiretas do BNDES. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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