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BNDES bate recorde em 2010 com 610 mil operações

As consultas, primeira etapa de tramitação dos pedidos no banco, aumentaram 14% em 2010, somando R$ 255,9 bilhões

Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)

Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 16h50.

O desempenho recorde do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2010, com a liberação de R$ 168,4 bilhões, também se refletiu no número de operações aprovadas pelo banco no ano passado. As aprovações somaram R$ 200,7 bilhões no ano passado, com alta de 18% em relação a 2009. O indicador é um sinal da manutenção do crescimento do banco em 2011, embora o chefe do Área de Planejamento do BNDES, Gabriel Visconti, ainda não tenha uma previsão de desembolso para este ano.

"O banco vai continuar com seu papel fundamental de estimular o investimento na economia. Não esperamos um crescimento explosivo mas não vamos encolher", afirmou o executivo, em entrevista à Agência Estado. Ele afirmou que as medidas de incentivo ao crédito privado de longo prazo anunciadas no fim do ano passado serão testadas este ano e ainda é cedo para dimensionar a influência que terão na demanda por crédito do BNDES.

As consultas, primeira etapa de tramitação dos pedidos no banco, aumentaram 14% em 2010, somando R$ 255,9 bilhões. Visconti destacou o crescimento do crédito para micro, pequenas e médias empresas, que ficaram com R$ 45,7 bilhões, cerca de 27% do que o banco emprestou no ano passado. A pulverização das operações do BNDES ficou expressa no volume também recorde de operações realizadas no ano passado: 610 mil, 56% a mais do que em 2010.

Para Visconti, os números mostram novos entrantes na carteira do banco. "Nosso objetivo é aumentar ainda mais o acesso de pequenas empresas aos recursos do BNDES, democratizar mais o acesso", afirmou. Como exemplos, citou o aumento dos financiamentos para caminhões (470%) e máquinas agrícolas (91%).

Para ele, o fim dos juros subsidiados do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) previsto para março não causará retração da participação de pequenas empresas nos desembolsos do banco. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, conversa com a equipe econômica do governo sobre a possibilidade de prorrogação de mecanismos de incentivo ao investimento como o PSI.

"As contratações do PSI até 31 de março terão as condições especiais (juros de 5,5% ao ano) e o efeito aparecerá nos desembolsos durante o ano todo", afirmou Visconti. Outro destaque nos desembolsos para pequenas empresas foi o Cartão BNDES, que somou R$ 4,3 bilhões emprestados em 320 mil operações crescimento de 74% nos valores e de 84% em número de transações em relação a 2009.

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