A presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, mas a categoria continua reivindicando a redução do preço do combustível e o aumento do valor do frete (Jornal Cidades – MG/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 13h11.
Porto Alegre - Os protestos de caminhoneiros no Rio Grande do Sul, um dos Estados mais afetados pela crise que já dura mais de dez dias, diminuíram de intensidade na manhã desta terça-feira, 3.
A mobilização da categoria atinge pelo menos 10 estradas gaúchas, incluindo federais e estaduais, bem abaixo dos números de segunda-feira, 2, quando cerca de 20 vias foram bloqueadas e mais de 40 trechos tiveram manifestações.
Hoje, segundo o boletim divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) às 11h, somente nove rodovias federais que cortam o RS têm trechos com focos de manifestação, e seis delas estão bloqueadas. Além disso, há registro de interrupção também na RSC-470.
A presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, mas a categoria continua reivindicando a redução do preço do combustível e o aumento do valor do frete.
Confronto
Na noite de segunda-feira, houve um confronto entre manifestantes e agentes da PRF para liberação de um bloqueio na BR-116, região de Camaquã, cidade do centro-sul do RS. Pedras, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram atiradas, deixando um saldo de seis feridos - nenhum com gravidade.
Segundo a PRF, 20 pessoas acabaram detidas em todo o Estado por causa da participação em protestos do caminhoneiros. Após o conflito, o trânsito trecho de Camaquã foi normalizado. Hoje, outro ponto da BR-116, na cidade de São Marcos, é alvo dos manifestantes.
As autoridades gaúchas estimam que as cadeias produtoras de carnes e leite sejam as mais prejudicadas com a onda de manifestações nas estradas, mas ainda não há um balanço oficial sobre as perdas para a economia gaúcha.