Carnaval em São Paulo (Getty/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 4 de fevereiro de 2018 às 17h49.
Com o lema É Proibido Proibir, o Acadêmicos do Baixo Augusta arrastou uma multidão nas ruas centrais da capital paulista. O bloco, representante da região da cidade com intensa vida cultural, diversidade e boemia, deu voz aos protestos contra a censura, a desigualdade, o racismo, o machismo e a injustiça.
"Quanto mais tentarem nos proibir, mais haverá carnaval. Quanto mais nos disserem não, mais semearemos carnaval. Quanto mais nos calarem, mais gritaremos carnaval. Quanto mais nos desviarem, mais traremos carnaval. Quanto mais a ideia de ordem for sinônimo de censura e ditadura, mais celebraremos a linda desordem do Carnaval", diz o manifesto distribuído pelos organizadores.
A concentração do bloco ocorreu no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, via que os foliões deverão transcorrer toda a sua extensão até as 20 horas, horário programado pela prefeitura para o encerramento dos cortejos carnavalescos na cidade. No ano passado, o Acadêmicos do Baixo Augusta atraiu cerca de 500 mil pessoas.
"Sempre quis vir, e esse é a primeira vez que eu consegui. Quis trazer meus filhos para conhecer o carnaval de rua, e até agora eles estão se divertindo bastante. Eles só conheciam o carnaval por meio da televisão" disse Cíntia Conceição, mãe de Arthur e Matheus, de cinco e oito anos.
Segundo a prefeitura, até 18 de fevereiro, 491 blocos animarão o carnaval na cidade de São Paulo. A expectativa é de que quatro milhões de pessoas participem da festa. Se a expectativa for concretizada, o carnaval ultrapassará a Parada Gay como maior evento da capital paulista. A programação completa está no site http://www.carnavalderua.prefeitura.sp.gov.br .