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Blatter pede trégua a manifestações durante a Copa

Presidente da Fifa lançou o pedido insistindo que "o mundo perturbado" precisava receber as "emoções do futebol"


	Cafu, Dilma Rousseff, Joseph Blatter e Aldo Rebelo na apresentação da taça da Copa
 (José Cruz/ABr)

Cafu, Dilma Rousseff, Joseph Blatter e Aldo Rebelo na apresentação da taça da Copa (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 21h40.

São Paulo - Diante de manifestações, protestos e greves, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, apelou nesta terça-feira, 10, em São Paulo, para que todos os confrontos sejam suspensos durante a Copa do Mundo.

Ao discursar na abertura do Congresso anual da entidade, ele lançou o pedido, insistindo que "o mundo perturbado" precisava receber as "emoções do futebol". O evento foi esvaziado pela classe política.

Blatter pediu para que os convidados apenas aproveitassem a Copa e deixassem "as discussões" para outro dia.

"Com essa Copa, o Brasil mandará para bilhões as emoções em meio a esse mundo de distúrbios. É o nosso desejo e da família futebol que todas as atividades beligerantes cessem, e o futebol conecte pessoas e construa pontes", afirmou.

Na Fifa, as manifestações no Brasil são consideradas como a maior ameaça ao Mundial. A greve dos metroviários em São Paulo deixou a entidade alarmada e o temor é de que novos protestos aconteçam a partir de amanhã.

"Não existe clima de Copa do Mundo", disse ontem Greg Dyke, presidente da Federação Inglesa de Futebol.

Esvaziado

O recado de Blatter foi dado a uma plateia sem autoridades brasileiras. O único representante do governo federal foi Aldo Rebelo, ministro dos Esportes, que leu uma mensagem da presidente Dilma Rousseff.

Nem o governador Geraldo Alckmin nem o prefeito Fernando Haddad estiveram no evento. Apesar de a Copa ocorrer em doze cidades-sede, apenas o governador do Distrito Federal, Agnello Queiroz, compareceu.

"Tive o respeito de encontrar a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Infelizmente, ela não pôde estar aqui agora", disse Blatter. Rebelo explicou que ela não esteve presente por causa da convenção do PMDB.

Ela também decidiu que vai apenas à abertura da Copa amanhã e à final. O ministro confessou também que até agora não sabe quem entregará a taça da Copa.

Nesta terça, as baixas no lado do futebol também foram importantes e, entre os ex-craques brasileiros, Ronaldo era um dos poucos na sala. João Havelange, ex-presidente da Fifa, também não apareceu.

Além de ter sido internado nesta semana por uma gripe, o ex-cartola abandonou a Fifa depois de um escândalo de corrupção. Nem mesmo quem receberia a ordem do Mérito da Fifa apareceu, entre eles Carlos Valderrama.

Rebelo repetiu o mantra do governo de que a Copa deixará um legado de infraestrutura "moderna" para a população.

"Trabalhamos muito para atender às necessidade estruturais do torneio. Construímos e reformamos 12 estádios espalhados pelo território nacional. Implementamos e modernizamos equipamentos que darão suporte ao Mundial e depois servirão como benefício para o povo brasileiro.

Trabalhamos pela Copa tanto quanto queremos ganhá-la", afirmou o ministro, em nome de Dilma.D

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