Joseph Blatter, da Fifa, na conferência em Moscou (Maxim Shemetov/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2013 às 13h50.
Moscou - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, fez neste domingo comparações entre países que organizaram ou estão organizando algumas das Copas do Mundo recentes e disse que, apesar de alguns problemas atravessados, o Brasil agora está trabalhando duro para ser uma boa sede durante o Mundial de 2014.
Em discurso feito em Moscou, onde ontem foram anunciadas as cidades-sede da Copa de 2018, na Rússia, Blatter disse que Coreia do Sul e Japão poderiam ter organizado um torneio cada em 2002, reconheceu que a África do Sul demorou a começar os trabalhos para 2010 e fez elogios ao Brasil.
"O Brasil é a sexta economia mundial e um país do futebol. Quando eles perceberam que organizaram a Copa do Mundo, eles disseram que estariam preparados. Houve alguns problemas pessoais, que já foram resolvidos. Agora todo mundo está trabalhando de mãos dadas no Brasil com uma meta, a de fazer uma boa Copa para o Brasil e para os torcedores", explicou o presidente da Fifa.
Blatter demonstrou grande satisfação neste domingo com os avanços realizados pela Rússia visando a Copa do Mundo de 2018, menos de dois anos depois que o país obteve o direito de sediar o evento.
"Estamos em uma cômoda situação no que se refere à organização da Copa do Mundo na Rússia, em 2018, já que estamos com um ano de antecipação em relação ao prazo previsto", destacou.
O dirigente apontou a organização russa como uma nova estratégia de se organizar um Mundial e destacou que o país vem trabalhando duro desde sua escolha como sede, em 2 de dezembro de 2010.
"Destacamos duas coisas: primeiro, o pleno apoio do governo e do presidente do país, uma das chaves da organização de uma Copa. Segundo, temos profissionais a cargo da organização. Não tenho nenhuma dúvida que será um grande sucesso", elogiou.
No entanto, nem todos os comentários de Blatter sobre a Rússia foram positivos. O presidente da Fifa lembrou que o país precisa assumir sua responsabilidade educativa com os torcedores violentos.
'Neste jogo há paixão, e a paixão não tem limites. Não é um problema especial da Rússia. É uma questão de educação, não uma questão de futebol. Não se pode colocar toda a responsabilidade na Fifa. É um problema que deve ser identificado e erradicado', expôs.
Na última quarta-feira, a partida entre Torpedo Moscou e Dínamo de Moscou, pela quinta fase da Copa da Rússia, foi suspensa devido aos confrontos entre torcedores das duas equipes.
Por sua vez, o ministro do Esporte da Rússia e presidente do Comitê Organizador Local (COL), Vitali Mutko, parabenizou as 11 cidades escolhidas no sábado para receber os jogos da Copa, que terá a abertura e a final no estádio Luzhniki, em Moscou, que em 2008 sediou a decisão da Liga dos Campeões.
Mutkó cifrou em cerca de 600 bilhões de rublos (R$ 39 bilhões) o custo da organização do Mundial, a metade dos quais procederá da iniciativa privada. Segundo ele, 40% do dinheiro será dedicado a construir alguns estádios e reformar outros, enquanto o restante será destinado à construção de infraestruturas de transporte, hotéis e hospitais.