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Egípcio diz ainda estar interessado na Telecom Italia

Naguib Sawiris disse que investiria na companhia desde que mantivesse sua participação na operadora brasileira TIM


	Fachada de uma loja da TIM, unidade da Telecom Italia, em Chieti
 (Marc Hill/Bloomberg)

Fachada de uma loja da TIM, unidade da Telecom Italia, em Chieti (Marc Hill/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 21h10.

Frankfurt - O bilionário egípcio Naguib Sawiris investiria na Telecom Italia desde que a companhia mantivesse sua participação na operadora brasileira TIM Participações, disse nesta segunda-feira, enquanto aumenta o interesse estrangeiro na operadora em dificuldades.

"Não perdemos interesse", disse Sawiris, que fez uma oferta de compra de 3 bilhões de euros (3,8 bilhões de dólares) por uma fatia na Telecom Italia rejeitada em 2012.

"Esta empresa precisa de duas coisas: um aumento de capital e desejo de expandir ou melhorar", disse Sawiris à Reuters por telefone, deixando claro que não terá interesse na companhia se a Telecom Italia vender sua fatia na TIM.

Ele disse que estaria preparado para fazer parte de um aumento de capital, mas não compraria ações no mercado.

No início deste ano, Sawiris disse que a Telecom Italia precisava de 3 bilhões a 4 bilhões de euros para reduzir sua dívida e permitir possíveis investimentos. Ele se recusou a dizer nesta segunda-feira quanto estaria disposto a investir.

Na semana passada, a Bloomberg informou que o empresário norte-americano Sol Trujillo pretendia levantar até 7,5 bilhões de euros para fazer uma oferta por uma fatia na Telecom Italia.

Questionado por telefone pela Reuters nesta segunda-feira, Trujillo disse: "não comento rumores", sem dar mais detalhes.

Uma mudança na estrutura acionária da Telecom Italia está tornando a empresa um alvo mais fácil de aquisição.

A Telefónica, que ainda é o maior acionista indireto da Telecom Italia, com 14,8 por cento, está vendendo sua fatia, com uma participação de 8,3 por cento indo para a Vivendi como parte do pagamento pela operadora brasileira GVT, e o restante coberto por bônus conversíveis vendidos pela Telefónica no início deste ano.

Além disso, um grupo de instituições financeiras italianas também disse que venderia sua fatia na Telecom Italia, em uma participação combinada de 7,6 por cento.

Sawiris, ex-dono da operadora de celular italiana Wind, disse que não estava conversando com a Telecom Italia e que não se aproximaria da empresa a não ser que soubesse que seria aceito.

"Fiz uma oferta uma vez. Foi rejeitada. Não quero passar por isso de novo", disse. "Aprendi na minha vida que é melhor saber se você é bem-vindo antes de perder tempo."

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